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Geradoras privadas: realidade do setor não é mais tão sombria, diz Ágora

21 jul 2020, 12:55 - atualizado em 21 jul 2020, 12:55
Cesp
Analistas da Ágora Investimentos destacaram que a companhia energética de São Paulo está resolvendo seus problemas com litígios, o que pode torná-la uma boa geradora de caixa (Imagem: Cesp)

Após ficar meses sem atualizar a tese de investimento das geradoras privadas devido à alta volatilidade causada pela pandemia de covid-19, a Ágora Investimentos atualizou ontem (20) os preços-alvos das empresas do setor.

Saindo de um cenário altamente incerto, a corretora defende agora que a realidade já não é mais tão sombria para Cesp (CESP6), Ômega Geração (OMGE3), AES Tietê (TIET11) e Engie Brasil (EGIE3).

“A demanda de eletricidade, que em algumas semanas caiu 15% no comparativo anual, já teve recuperação, para queda atual de 5%”, destacam os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França. “Além disso, as geradoras não viram impactos significativos nos contratos”.

No contexto atual, a preferência recai sobre Cesp e Ômega, que podem compensar o déficit na geração de energia com preços mais baixos do que a energia vendida.

Segundo a Ágora, a Ômega segue com um valuation atrativo e uma perspectiva bastante otimista para fusões e aquisições nos próximos anos (Imagem: Divulgação/Omega)

Navarrete e França ressaltam que a companhia energética de São Paulo está resolvendo seus problemas com litígios, o que pode torná-la uma boa geradora de caixa, enquanto a Ômega segue com um valuation atrativo e uma perspectiva bastante otimista para processos de fusões e aquisições nos próximos anos.

A recomendação para ambos os papéis é de compra, com novo preço-alvo de R$ 36 para Cesp e de R$ 44 para Ômega.

Valuation justo

Para as ações da AES Tietê e da Engie Brasil, a Ágora adota recomendação neutra, com preços-alvos de, respectivamente, R$ 15,50 e R$ 41. Segundo a corretora, as empresas contam com ótimos rendimentos de dividendos, mas o valuation é justo.

“A Engie Brasil continua a obter um prêmio em boa governança corporativa, bem como a opção de crescimento do gasoduto TAG (representando R$ 2,9/ação no preço-alvo). A AES Tietê negociava com desconto, mas desde que recebeu a oferta hostil de aquisição da Eneva, esse não é mais o caso”, explicam Navarrete e França.

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