‘Geração laptop’: O que é e por que Elon Musk defende que deve acabar
Elon Musk não faz questão de esconder seu desafeto pelo home office. Ele, inclusive, já classificou o chamado trabalho remoto como “moralmente errado”, em entrevista à CNBC.
Neste cenário, para o bilionário, a “geração laptop” precisa acabar. O termo “Laptop Class”, ou “Geração Laptop” foi incorporado nos Estados Unidos no contexto da pandemia, como forma de se referir ao grupo de pessoas capazes de realizar o trabalho em qualquer lugar.
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Contudo, com a flexibilização das medidas de combate contra a covid-19 e retomada do trabalho presencial, houve uma volta ao trabalho no escritório. O movimento foi promovido por grandes empesas de tecnologia, como Apple, Google, Amazon e o Twitter.
As big techs estão nos holofotes também pelos layoffs. Ou seja, demissões em massa realizadas por estas e outras empresas do setor. Segundo o site layoffs.fyi, cerca de 150 mil trabalhadores do setor de tecnologia foram demitidos em 2022.
Em entrevista à Insider, o investidor em tecnologia e managing partner da Deepwater Asset Management, Gene Munster, pontuou que a onda de demissões pode se estender.
Na busca por cortes operacionais e aumento da produtividade, Munster avalia que as empresas podem ficar ainda mais rigorosas com a “geração laptop”. Isso porque há críticas de que o trabalho remoto é menos eficiente e produtivo do que as interações presenciais.
Elon Musk e o home office
Em entrevista à CNBC que o home office é “moralmente errado” e reforçou seu posicionamento como defensor do trabalho presencial.
“Acredito muito que as pessoas são mais produtivas quando estão trabalhando presencialmente”, disse.
Musk, que comprou o Twitter e se manteve na posição de CEO até este mês, já afirmou, em outra entrevista, que chegava a dormir no escritório.
À época em que assumiu o comando da rede social, houve ainda polêmicas acerca do home office, com relatos de funcionários que também dormiam no escritório para atender às demandas.
O bilionário tratou de logo estabelecer o retorno dos funcionários para o presencial por, pelo menos, 40 horas semanais.
“Você vai trabalhar de casa e as pessoas que fabricaram o seu carro e que fazem a sua comida para ser entregue não podem trabalhar de casa? Isso te parece moralmente correto? Não faz sentido. É um problema de produtividade, mas também moral”, ponderou.
Musk criticou os trabalhadores de tecnologia do Vale do Silício, classificando-os como “classe de notebook que vive em La La Land”, em referência ao filme musical.
“Saiam do pedestal moral com o trabalho remoto, porque estão aí pedindo a todos para não trabalharem de casa, enquanto eles o fazem”, disse.