Emprego

Geração de emprego nos EUA desacelera em dezembro mais do que o esperado

10 jan 2020, 11:11 - atualizado em 10 jan 2020, 11:12
Construção Civil Setor Imobiliário Emprego
A geração de vagas de trabalho fora do setor agrícola nos EUA chegou a 145 mil no mês passado, com a indústria cortando postos de trabalho (Imagem Reuters/Lucy Nicholson)

O crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em dezembro, mas o ritmo de contratação permanece mais do que suficiente para manter a maior expansão econômica da história norte-americana nos trilhos, apesar da desaceleração do setor industrial devido a disputas comerciais.

A geração de vagas de trabalho fora do setor agrícola nos EUA chegou a 145 mil no mês passado, com a indústria cortando postos de trabalho depois de ter sido impulsionada em novembro pelo retorno ao trabalho de cerca de 46 mil trabalhadores da General Motors após uma greve, mostrou o relatório do Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.

Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 164 mil postos de trabalho em dezembro. São necessários aproximadamente 100 mil empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

Os dados de outubro e novembro foram revisados para mostrar criação de 14 mil empregos menos do que o relatado anteriormente. A economia criou 2,1 milhões de empregos em 2019, abaixo dos 2,7 milhões gerados em 2018.

As preocupações de que uma desaceleração possa ser desencadeada pela guerra comercial do governo Trump contra a China estimularam o Fed a cortar sua taxa de juros três vezes em 2019.

EUA China
Guerra comercial fez Federal Reserve cortar por três vezes a taxa de juros dos EUA em 2019 (Imagem: REUTERS/Damir Sagolj)

De fato, o crescimento econômico desacelerou no ano passado, indo para 2,1% no terceiro trimestre em relação ao ritmo de 2018 de quase 3%.

Agora, no entanto, com a Fase 1 de um acordo comercial com a China a ser assinada na próxima semana, as autoridades dos EUA estão mais confiantes nas perspectivas e no mês passado sinalizaram que os custos dos empréstimos podem permanecer inalterados pelo menos até o final deste ano.

O mercado de trabalho continuou produzindo empregos em ritmo saudável, apesar das evidências de escassez de trabalhadores, que os economistas temiam poder restringir significativamente as contratações.

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