Mercados

Bancão e petróleo ajudam Petrobras (PETR4) a ganhar uma PRIO (PRIO3) na bolsa

26 ago 2024, 19:17 - atualizado em 26 ago 2024, 19:18
Petrobras
(Imagem: iStock.com/dabldy)

A Petrobras (PETR4) disparou 7,26% e ganhou R$ 40 bilhões em valor de mercado no pregão do dia 26 de agosto, o que equivale ao valor de mercado da PRIO (PRIO3), segundo a Elos Ayta.

Para se ter uma ideia do salto, a última vez que o papel preferencial da petroleira disparou nesse nível foi em 12 de agosto de 2022, quando a rentabilidade foi de 7,43%. Desde o início da pandemia, a ação PETR4 valorizou acima de 7% em 14 oportunidades, incluindo a do dia 26 de agosto de 2024.

Já as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) fecharam o pregão de 26 de agosto de 2024 com uma valorização de 8,96%. Esse nível de valorização não era registrado desde 5 de agosto de 2021, quando o papel subiu 9,63%.

Desde o início de 2020, a ação ordinária registrou sete valorizações superiores a 9%, incluindo a do dia 26 de agosto de 2024.

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Por que a Petrobras subiu?

Uma combinação de fatores ativou ‘gatilhos’ para o papel da Petrobras disparar. Além do preço do petróleo, que saltou mais de 2%, o Morgan Stanley elevou a recomendação da estatal para overweight, o equivalente à compra, com preço-alvo de US$ 20 até 2025, potencial de 38% ante o último fechamento.

No relatório, os analistas Bruno Montanari, Thiago S Casqueiro e Carlos F Moraes escrevem que, para o bem e para o mal, a tese da Petrobras continua centrada no pagamento de dividendos. Os analistas calculam que a empresa pode pagar US$ 7 bilhões até 2025. Considerando os proventos, a ação poderia somar retorno de 60%.

O trio recorda que a ação caiu 17% desde o seu pico no início de 2024 e manteve-se estável nos últimos cinco meses, embora com elevada volatilidade. “Com as mudanças de gestão, acreditamos que o nível de ruído diminuirá gradualmente, o que poderá remover parte do componente de volatilidade”, dizem.

Além disso, o Morgan avalia que as mensagens da nova administração, incluindo a CEO Magda Chambriard, que tomou posse em junho após a saída conturbada de Jean Paul Prates, leva a acreditar na continuidade da estratégia, com a coexistência de aumento responsável dos investimentos e distribuição de dividendos, desde que haja disponibilidade de caixa sobrando.