Economia

Gastos no início do ano: Veja como economizar nas despesas de volta às aulas

10 jan 2023, 15:14 - atualizado em 10 jan 2023, 15:14
Gastos
Além dos gatos de volta às aulas, os brasileiros também tem de lidar com o pagamento do IPVA e do IPTU (Imagem: Agência Brasil/Rovena Rosa)

O começo do ano reserva alguns gastos que os pais de crianças e adolescentes já estão habituados a lidar, como é o caso da compra do material escolar.

Os responsáveis pelos estudantes tem de lidar com uma lista recheada de coisas. Contudo, o consultor financeiro do GetNinjas, Cláudio Munhoz, mostra que existe uma saída para lidar com a ansiedade no momento de fazer as compras, e não pesar o bolso.

O especialista diz que há duas orientações primordiais. A primeira delas é: fazer uma lista de materiais que os filhos já tem. Com essa lista, segundo Munhoz, os pais se direcionam melhor e compram exatamente o que precisa ser comprado. Assim, não gastam além do necessário.

A segunda orientação do consultor é: não levar as crianças para as compras.

“Quando os filhos estão juntos, invariavelmente, acabamos cedendo e fazendo gostos das crianças, e gastamos mais que o necessário. Sempre tem algum item que os pequenos nos convencem de levar a mais sem necessidade”, explica.

Gastos: quando o barato sai caro?

Munhoz explica que é válido pagar mais caro por um material em situações específicas, como quando o item conta com uma qualidade maior, podendo ser utilizado por mais tempo.

“Você pode comprar um item mais barato e usar um ano. Ou pode pagar um pouco mais caro e usar por dois anos. Neste caso, vale mais a pena pagar mais caro agora e utilizar por mais tempo, ganha-se no longo prazo”.

O consultor explica que, não adianta pagar mais barato em algo e depois ter de comprar de novo. No entanto, se pagar mais barato por algo e este item cumprir a sua função, isso sim, é sinônimo de uma boa compra.

Auxílio material escolar

Os pais dos alunos que estudam em escolas municipais de São Paulo, podem ter uma ajuda a mais nesse sentido, com o auxílio para material escolar e uniformes. Por meio do aplicativo Kit Escolar Duepay, os pais podem liberar ambos os benefícios.

Disponibilizado pela Secretaria Municipal de Educação da capital, o benefício visa cobrir custos relativos ao ano letivo dos alunos. A iniciativa funciona em colaboração com lojas credenciadas, e a maioria dos fornecedores são pequenos comerciantes. Contudo, grandes marcas como o Kalunga também figuram entre os microempreendedores.

Para encontrar a loja credenciada mais próxima, consulte o link.

Mensalidade escolar

Já para os pais que fazem questão de que os seus filhos estudem em escolas particulares, além dos gastos com materiais, eles também deverão lidar com o reajuste nas mensalidades.

Mais da metade dos colégios, ou 63%, pretende aumentar acima de 10% o valor da mensalidade este ano, segundo levantamento feito pela consultoria Meira Fernandes, especializada em educação.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro, diz que não tem dúvidas de que as mensalidades vão aumentar acima de 10%, assim como mostrou a pesquisa.

De acordo com o sindicato, o que motiva o reajuste dos colégios é a forte pressão da despesa com pessoal, que pesa cerca de 60% na mensalidade, além do aluguel e gastos com água, luz e impostos.

Demais gastos do início de ano

Além dos gatos mencionados acima, os brasileiros com ou sem filhos, também tem de lidar com o pagamento do Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotivo (IPVA) e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Os valores a serem pagos pelo IPVA foram divulgados na última segunda-feira (2) para veículos licenciados no estado de São Paulo. A primeira parcela do imposto poderá ser paga a partir de amanhã (11). Em São Paulo, os boletos do IPVA variam conforme o número final da placa do carro.

Quanto ao IPTU, a Prefeitura de São Paulo anunciou um reajuste de 5,5% este ano. O reajuste do imposto está em linha com a inflação percebida no último ano. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve uma alta de 5,9% nos preços nos 12 meses acumulados até novembro.