Gasolina vai subir? Petrobras (PETR4) deve continuar segurando volatilidade e política pode ser testada novamente
A Petrobras (PETR4) deve continuar postergando a elevação dos preços da gasolina e do diesel mesmo após aumentar o preço médio do querosene de aviação para as distribuidoras em 3,2%, ou R$ 0,12 por litro, na segunda-feira (01).
A elevação no preço do querosene de aviação segue as oscilações do mercado internacional, enquanto a gasolina e o diesel seguem sem mudanças e com ampliação da defasagem dos preços, impactados pela escalada do petróleo e desvalorização do real.
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Com o dólar nas alturas — chegando a R$ 5,70 — e alta no petróleo, a gasolina vendida nas refinarias do Brasil já está, em média, 19% mais barata em comparação com os preços praticados no exterior, mostra relatório diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Vale lembrar que a Petrobras não mexe nos preços da gasolina e do diesel desde o ano passado, e mudanças na política de preços parecem não estar no radar, segundo analistas que participaram de uma reunião realizada pela CEO Magda Chambriard, na terça-feira (02).
Preço da gasolina vai subir?
Segundo nota da XP Investimentos, presente no encontro, Chambriard enfatizou uma mensagem de continuidade, destacando que a Petrobras continuará executando o atual plano de negócios. “Achamos que a Petrobras vai continuar a segurar a volatilidade e atrasar para repassar aumentos de preços para gasolina e diesel”, comentam.
Em linha, o BTG Pactual aponta que mudanças na política de preços de combustíveis não devem ocorrer, tendo em vista que Chambriard vê a análise combinada do custo marginal de produção da empresa e da melhor alternativa dos clientes, sendo eficaz em permitir que os preços sigam as tendências internacionais e mantenham margens saudáveis, evitando repassar a volatilidade aos consumidores.
“Atualmente, estimamos os preços do diesel e da gasolina com desconto de 13% e 25% em relação ao PPI, respectivamente, e com base nas recentes tendências dos preços do petróleo e das taxas de câmbio, acreditamos que a política será novamente testada em breve”, avaliam Pedro Soares e equipe.