Gasolina vai ficar mais cara? Petrobras (PETR4) deve reajustar preços se exterior oscilar, diz ministro de Minas e Energia
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Petrobras (PETR3; PETR4) deve reajustar os preços dos combustíveis se houver oscilação no mercado internacional, disse em entrevista a GloboNews nesta sexta-feira (4). Silveira afirmou que a estatal está “no limite do preço marginal”.
O ministro confirmou que representantes da Petrobras informaram sobre a situação ao presidente Lula (PT) em reunião na segunda-feira (31).
“É claro que se houver oscilação para cima, a Petrobras terá responsabilidade com esses investidores, com a empresa, com a necessidade de seus reinvestimentos para modernizar a empresa, os repasses serão feitos. Por isso, eu quero tranquilizar os investidores”, disse Silveira.
Ainda assim, o ministro disse estar “orgulhoso” da nova política de preços e reforçou que “ainda não há prejuízo”.
Na conferência de resultados da Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que “em momento nenhum foi tratada a questão de preço na reunião com Lula” e ainda diz que o limite do preço marginal é “normal”.
Defasagem da gasolina da Petrobras
No final do mês passado, a gasolina comercializada pela Petrobras já acumulava uma defasagem média de 24%, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Trata-se da maior diferença em pouco mais de 14 meses.
Isso significa que a estatal precisaria elevar o preço do litro da gasolina em R$ 0,77, caso queira igualar com o mercado internacional.
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Se optar por não reajustar os preços dos combustíveis aos consumidores, a Petrobras pode sair no prejuízo por ter abandonado a política de paridade de importação (PPI).
De acordo com o sócio fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Bruno Pascon, se a Petrobras não tiver mais espaço para aumentar a utilização do refino, ela terá que recorrer à importação.
No entanto, se a petroleira importar sem reajustar os preços ao consumidor, ela pode sair no prejuízo, devido à defasagem em relação à cotação internacional.