Gasolina vai ficar mais cara? Haddad sai em defesa dos preços da Petrobras (PETR4); entenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa da Petrobras (PETR3; PETR4) em relação à política de preços da companhia.
Devido ao aumento no preço do barril de petróleo, a defasagem do preço da gasolina e diesel entraram em um patamar de 20% abaixo dos valores encontrados no mercado internacional – isso se a empresa não tivesse abandonado a política de preço de paridade de importação (PPI).
Com isso, aumentou a pressão para a estatal elevar os preços em suas distribuidoras. No entanto, Haddad afirma que a Petrobras não pode mais fazer como no passado, quando tomava decisões com base na volatilidade do mercado.
“Às vezes a gente deixa se levar por um dia de turbulência, igual acontece com o petróleo. Toda a vez que a Arábia Saudita corta a produção, o preço sofre uma oscilação. E aí, as pessoas começam a especular sobre se a Petrobras vai aumentar o preço em virtude de uma semana que o petróleo teve e não deixam os preços se acomodarem”, disse em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (4).
Embora a equipe da Fazenda não tenha controle sobre os preços praticados pela empresa, o ministro disse que fala diariamente com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, uma vez que o tema tem impacto na política econômica.
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Preços da Petrobras
No início da semana, Prates afirmou estar “confortável” com os atuais preços de combustíveis. Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, Prates disse não ter falado sobre o assunto.
Em seu perfil oficial do Twitter, o presidente da Petrobras afirmou que a reunião com Lula e os ministros da Casa Civil e de Minas e Energia foi “alvissareira e construtiva”.
Apesar da escalada na cotação do barril de petróleo, a Petrobras segura os possíveis reajustes. Na segunda-feira (31), a estatal afirmou olhar com atenção para os desdobramentos dos fundamentos do mercado global, incluindo a volatilidade e elevação nos preços do petróleo e os impactos no Brasil.
A companhia reforçou em comunicado que os ajustes de preços de produtos ligados à commodity são realizados “no curso normal de seus negócios”, com monitoramento contínuo dos mercados, o que inclui análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional.
Por outro lado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a Petrobras está “no limite do preço” e que vai precisar fazer um repasse nos preços dos combustíveis caso haja uma oscilação na cotação do petróleo.
“Eles disseram, de forma explícita, que estavam no limite do preço marginal e que se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, que eles fariam o repasse ao preço dos combustíveis e seus derivados”, disse em entrevista à GloboNews.
*Com Laura Pereira