Economia

Gasolina não será mais a culpada pela alta da inflação; veja o novo ‘vilão’ e o que esperar do IPCA-15

25 out 2023, 16:32 - atualizado em 26 out 2023, 9:20
inflação ipca
IPCA-15, a prévia da inflação, deve desacelerar em outubro em relação à leitura anterior. (Imagem: Pixabay)

A alimentação deve voltar a pesar na inflação brasileira no mês de outubro, avaliam especialistas do mercado.

No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a alimentação no domicílio pode deixar o ponto mais baixo da deflação e iniciar uma aceleração, diz a estrategista da Warren Rena, Andréa Angelo. Ela destaca as hortaliças, as verduras, as carnes, as aves e os ovos.

“Esperamos que até o final de outubro aconteça a reversão do sinal e, para o IPCA fechado, projetamos 0,02% do grupo alimentação”, ressalta.

Apesar disso, a prévia da inflação deve desacelerar neste mês em relação à leitura anterior. A projeção da Warren é de que o número varie 0,21% em outubro e 5,05% em 12 meses. No mês passado, a alta foi de 0,35%.

Já a Genial Investimentos vê um avanço ainda mais moderado para o IPCA-15 — de 0,17% na comparação mensal e 5,01% em um ano. A leitura será divulgada na quinta-feira (26), às 9h.

A prévia da inflação de outubro

A desaceleração da prévia da inflação de outubro poderá vir dos transportes. De acordo com a estrategista da Warren, o grupo deve passar de alta de 2,02% em setembro para 0,81%.

O principal destaque em transportes é o efeito do fim reajuste altista da gasolina. O combustível deve sair de uma inflação de 5,18% para  uma deflação de 0,75%. Ou seja, deve contribuir com menos 30 pontos base na leitura.

Por outro lado, a alta de 22% das passagens aéreas deve que adicionar mais seis pontos base na leitura final. No mesmo sentido, a alimentação no domicílio deve deixar diminuir a deflação de 1,25% para 0,59%, prevê Angelo.

No núcleo, as principais medidas deverão apontar variação média de 0,29% no mês e 4,9% em 12 meses. Já a inflação de serviços subjacentes pode atingir 0,24%, abaixo do mês anterior e da média de 0,38%.

“Esperamos que a desinflação de serviços subjacentes se intensifique até encerrar o ano abaixo de 5%. E, nas nossas contas, a medida dessazonalizada e anualizada de média móvel 3 meses da média dos núcleos poderá apontar número entre 3,5% e 3,8% na ponta”, diz.

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