Combustíveis

Gasolina mais barata: Petrobras (PETR4) corta preço em meio à disparada do petróleo; diesel sobe

19 out 2023, 20:25 - atualizado em 19 out 2023, 20:58
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No ano, a variação acumulada dos preços de venda tanto da gasolina como do diesel da Petrobras para as distribuidoras acumula redução (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

A Petrobras (PETR4) cortou o preço da gasolina em R$ 0,12 por litro para as distribuidoras, informa a companhia nesta quinta-feira. Com isso, o preço médio será de R$ 2,81 por litro.

Já o diesel aumentará em R$ 0,25 por litro, que passará a ser de R$ 4,05 por litro.

Os novos valores passam a valer a partir de sábado.

No ano, a variação acumulada dos preços de venda tanto da gasolina como do diesel para as distribuidoras acumula redução.

Isso ocorre apesar da disparada do petróleo. Nesta quinta, a commodity fechou a US$ 92 o barril Brent, usado como referência pela petroleira.

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“A estratégia comercial que adotamos nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a empresa competitiva no mercado e ao mesmo evitar o repasse de volatidade para o consumidor. Uma prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, afirma Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

A Petrobras recorda que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística na sua precificação.

“Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando períodos de estabilidade de preços aos seus clientes”, coloca.

Ainda segundo a empresa, neste momento, os fundamentos dos mercados externo e interno, assim como os parâmetros da estratégia comercial da Petrobras que busca a prática de preços competitivos por produto e local resultaram em movimentos distintos para cada produto.

“Para a gasolina, o fim do período sazonal de maior demanda global significa maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. Por outro lado, para o diesel, observa-se uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto frente ao petróleo”, justifica.

Petrobras: Aumento da defasagem

Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa, a queda da gasolina deverá pegar em cheio no IPCA (índice que mede a inflação) de novembro em cerca de 8 bps (pontos-base).

No caso do diesel, a companhia elevou o combustível em R$ 0,25, o que equivale a uma alta de 6,6% no preço as distribuidoras ou cerca de 3,6% na bomba.

“Em termos diretos para o IPCA o impacto é nulo, visto que o peso do subitem é de apenas 0,23%, ante 4,8% da gasolina. Contudo, indiretamente o impacto é gigantesco em função da matriz de transportes de bens da nação, mas o seu repasse ao consumidor tem uma defasagem temporal maior e o coeficiente é mais incerto”, explica.

Ele afirma ainda que o corte de 12 centavos na gasolina amplia a defasagem para próximo de 30 centavos, ao passo que a alta do diesel ainda deixa resíduo altista de cerca de 35 centavos.

“Em outras palavras, o preço da gasolina da Petrobras precisaria subir R$ 0,30 e o diesel R$ 0,35, para se equiparar aos níveis internacionais”, coloca.

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