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Gasolina fecha semana estável nas bombas; diesel e etanol têm alta, diz ANP

10 jan 2020, 21:22 - atualizado em 10 jan 2020, 21:22
No diesel, que também não sofreu reajuste por parte da Petrobras, houve leve avanço nos preços nas bombas (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Os preços médios da gasolina nos postos brasileiros fecharam a semana estáveis, a 4,558 reais por litro, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira, enquanto cotações do diesel e etanol tiveram leve avanço frente à semana anterior.

A estabilidade nas cotações da gasolina vem após a estatal Petrobras (PETR3PETR4) ter decidido não aplicar de imediato reajustes em suas refinarias na sequência de um ataque norte-americano que matou um importante general iraniano no Iraque na semana passada e gerou tensão geopolítica que preocupou o mercado de petróleo.

Após um salto inicial e uma nova alta após um contra-ataque do Irã que mirou bases dos EUA no Iraque, os valores do Brent, referência internacional do petróleo, fecharam em queda de 5,3% nesta semana, em patamares inferiores aos registrados antes do início das tensões no Oriente Médio.

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante leilão de excedentes da cessão onerosa, no Rio de Janeiro
O ministro Bento Albuquerque disse que o governo avalia utilizar recursos de royalties sobre a produção de petróleo para compensar as altas (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

No diesel, que também não sofreu reajuste por parte da Petrobras, houve leve avanço nos preços nas bombas, de em média 0,11%, para 3,783 reais por litro.

Já o etanol teve alta maior, de 0,35%, para em média 3,185 reais por litro, segundo os dados da ANP.

Em meio à preocupação com os possíveis efeitos dos acontecimentos no Oriente Médio sobre os preços dos combustíveis, o governo federal tem estudado meios de aliviar repasses de altas do petróleo aos consumidores.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse durante a semana que o governo avalia utilizar recursos de royalties e participações especiais cobradas sobre a produção de petróleo para compensar eventuais impactos dos preços internacionais nas bombas.

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos não são imediatos e ainda dependem de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

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