Gasolina e etanol já estão mais caros: veja valores com reoneração dos combustíveis
A volta integral da cobrança de Pis/Cofins sobre os combustíveis deve elevar os preços que chegam aos consumidores.
Apesar da expectativa de que a reoneração ocorresse apenas a partir deste sábado (1º), como a Medida Provisória perdeu a validade, a aplicação retornou na última quinta-feira (29), conforme a Abicom e a Fecombustíveis.
Dessa maneira, segundo estimativas da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a gasolina deve ter um aumento de R$ 0,34 e o etanol de R$ 0,22. Vale destacar que os postos de combustíveis possuem liberdade para definição dos preços.
“Caso não haja nenhuma iniciativa do governo em sentido contrário, os impostos federais integrais serão somados à composição de preços, cuja cobrança terá reflexo para distribuição e revenda e, consequentemente, poderá impactar o consumidor final”, apontou a Fecombustíveis em nota.
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Aumento no preço dos combustíveis
O ex-presidente, Jair Bolsonaro zerou as alíquotas de PIS e Cofins para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha.
Dessa forma, a cobrança dos impostos deveria retornar em 1º de janeiro, contudo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória para manter a oneração até 1º de março para a gasolina e o etanol e 31 de dezembro para os demais combustíveis.
No fim de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma reoneração parcial de gasolina e etanol por um prazo de quatro meses. Na época, a gasolina subiu R$ 0,34 nas bombas e o etanol, R$ 0,02.
Petrobras reduz preço da gasolina
Ontem, a Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou que, a partir desse sábado (1º), o preço médio de venda da “gasolina A” para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,52 por litro. Trata-se de uma redução de R$ 0,14, ou 5,3%.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,84 a cada litro vendido na bomba.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”, disse a estatal em comunicado.