Gasolina deve voltar a pressionar e inflação vê nova aceleração à frente; veja o que esperar do IPCA de sexta (9)
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho — que será divulgado na sexta-feira (9) às 9h — deve voltar a acelerar. A expectativa da Warren Investimentos é de alta mensal de 0,35% e variação de 4,46% em 12 meses, frente aos 0,21% e 4,23% em junho.
A aceleração da inflação, segundo a estrategista Andrea Angelo, deve ser explicada pela alta do grupo de transportes. “A conhecida variação de 19,21% em passagem aérea e a alta de 2,75% em gasolina deverão contribuir para essa pressão”, afirma.
Por outro lado, é esperada uma desaceleração na alimentação no domicílio, de 0,47% para deflação de 1,33%, principalmente em razão dos produtos in natura. “Os tubérculos deverão apresentar deflação de -14,6%, vindo de 1,96% no mês anterior”, diz.
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Outra ajuda deve ser a descompressão dos preços dos medicamentos e de higiene pessoal em julho.
“Em relação ao IPCA-15 de julho, o fechamento da inflação deverá mostrar aceleração principalmente em gasolina e despesas pessoais. Neste grupo, o destaque deve ficar com os serviços de recreação, que sazonalmente é mais forte”, afirma.
Para 2024 e 2025, a Warren espera que a inflação feche em 4,35% e 4,20%, respectivamente. O balanço de riscos para esses períodos é altista.
O núcleo do IPCA
Em relação à composição qualitativa da inflação, a média dos principais núcleos deve mostrar pouca novidade do que foi visto no IPCA-15 de julho.
O grupo de serviços subjacentes pode apresentar variação de 0,65%, superior ao número da prévia e muito acima do IPCA de junho. Os itens que justificam esse movimento são: seguro de automóvel, aluguel e condomínio e serviço bancário.
Já o grupo intensivo em trabalho deve desacelerar para 0,31%, vindo de 0,37% no IPCA-15.