Gasolina defasada em R$ 0,29 age diretamente contra o hidratado, já mais caro do que deveria
O petróleo mantendo-se em volta dos US$ 89 o barril já alarga a defasagem dos preços da gasolina e do diesel, enquanto comprime mais a competitividade do etanol hidratado.
A Petrobras (PETR4) já deveria promover novo reajuste dos derivados, após o último do dia 11, defende a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
A gasolina está 8% menor do que Sérgio Araújo, presidente da entidade, verificou em planilha desta quinta (27), exatamente R$ 0,29. Para o óleo, a defasagem é de 9%, R$ 0,34.
A estatal também protela o aumento contando com a queda do dólar.
Com a demora de os postos de serviço devolverem os seguidos recuos do etanol nas usinas, cujo atraso deixa o biocombustível cerca de R$ 0,35 acima do que poderia estar, segundo Money Times deu ontem, a pressão é praticamente dobrada.
Em paralelo, as empresas importadoras, algumas das quais também distribuidoras, são pressionadas.
“Os diferencias para óleo diesel e gasolina sustentam cenário de arbitragens negativas, inviabilizando operações de importação”, complementa Araújo.