Economia

Gasolina, automóveis, passagem aérea? Quem será o vilão da inflação de setembro; veja o que esperar do IPCA-15

25 set 2023, 16:44 - atualizado em 25 set 2023, 16:44
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Setembro deve ser mais um mês de inflação crescente no Brasil e IPCA-15 deve subir 0,37% (Imagem: Getty Images Signature)

Setembro deve ser mais um mês de inflação crescente no Brasil. É o que esperam os especialistas do mercado ao projetar uma aceleração mensal de 0,37% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) e de 5,02% em 12 meses. Os dados serão divulgados na terça-feira (26), às 9h.

No mês passado, o indicador subiu 0,28%, após desacelerar -0,07% em julho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para setembro, a alta na leitura virá, principalmente, do grupo de transportes, diz a estrategista da Warren Rena, Andréa Angelo. A inflação do grupo deve passar de +0,23% em agosto para +1,97%.

“O principal destaque são os efeitos dos reajustes de diesel e gasolina em 16 de agosto, aumento de 1% esperado em automóvel novo, além da alta de 6% de passagem aérea em setembro, revertendo parte da queda do mês anterior (-11,69%)”, afirma.

A alimentação no domicílio, por outro lado, deve manter a deflação em torno de 1%. Angelo espera continuidade de desaceleração de preços de Hortaliças e verduras, Carnes, Leites e derivados e panificados.

O grupo deve apresentar queda de -0,12% no acumulado 12 meses. “O último movimento visto neste sentido foi em 2018”, destaca.

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Núcleo da inflação

Já no núcleo da inflação, que reduz o peso de fatores temporários, as principais medidas deverão apontar variação média de 0,21% no mês e 5,0% em 12 meses, diz a estrategista da Warren. Isso representa uma desaceleração em relação a variação de agosto de 0,34% e 5,3%.

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A inflação de serviços subjacentes, por sua vez, pode atingir 0,26% — mesmo patamar do mês anterior e abaixo da média de 0,41%.

“Esperamos que a desinflação de serviços subjacentes se intensifique até encerrar o ano abaixo de 5%”, diz Angelo.

A Warren espera que o IPCA feche 2023 em 4,7%, abaixo do teto da meta de 4,75%. Já ao final de 2024, o índice deve desacelerar para 3,9%.