Combustíveis

Gasolina a R$ 5,65: Veja como ficaram os preços nos postos de combustível após reajuste da Petrobras

19 ago 2023, 11:35 - atualizado em 19 ago 2023, 11:35
Gasolina
Na semana passada, a Petrobras elevou os preços da gasolina e do diesel em suas distribuidoras. Consumidores já sentem mudança no bolso. (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

Quem for abastecer o carro, vai sentir os preços mais salgados. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os postos de combustíveis já subiram os preços para o consumidor após o reajuste da Petrobras (PETR3PETR4)

Na semana passada, a empresa elevou os preços da gasolina e do diesel em suas distribuidoras. No caso, o litro da gasolina A subiu em R$ 0,41, passando para R$ 2,93 por litro. Já para o diesel A, o reajuste foi de R$ 0,78 por litro, a R$ 3,80 por litro. Trata-se de reajustes de 16,3% e 25,8%, respectivamente.

Pelos dados da ANP, para o consumidor, a gasolina subiu em média 2,2%, com o litro do combustível custando R$ 5,65. Trata-se de uma alta de R$ 0,12 em relação aos preços praticados na semana anterior, quando o litro custava em média R$ 5,53.

Já o diesel S10, tipo mais comercializado do país, subiu 8,27% depois do reajuste da Petrobras. Com isso, o litro passou de R$ 5,08 para R$ 5,50. O diesel comum está sendo comercializado a R$ 5,38 reais, ante os R$ 5 da semana anterior – alta de 7,6%.

Petrobras x Postos

Na quinta-feira (17), presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi às redes sociais esta semana para questionar o valor da gasolina comercializada nos postos do Rio de Janeiro.

O combustível passou a ser vendido a mais de R$ 6 por litro na cidade, após o reajuste dos preços anunciado pela estatal, de acordo com a imprensa. No entanto, Prates afirma que o valor deveria ser de R$ 5,73.

“Estimamos que o impacto do ajuste de ontem para a gasolina na porta das refinarias da Petrobras
(de 0,41) é de 0,30 (considerando a mistura compulsória do etanol)”, diz.

Ou seja, somando o aumento ao preço médio da gasolina no Rio de Janeiro — de R$ 5,43 –, a nova média deveria ser de R$ 5,73, calcula o presidente. “Jamais [deveria] passar de 6 reais”, exalta. O CEO da Petrobras ainda pede fiscalização das autoridades sobre o preço dos combustíveis a fim de proteger o consumidor.

Em resposta, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) disse que a cobrança de Prates gera uma conotação equivocada sobre o funcionamento do setor, que opera em um mercado livre.

“O segmento de combustíveis passou por mudanças e não se pode cobrar preços uniformes do óleo diesel ou da gasolina em uma cidade, região ou em todo país”, disse a entidade, que representa cerca de 40 mil postos de combustíveis no país.

“A fala do presidente da Petrobras pode gerar uma conotação equivocada sobre o funcionamento do setor de combustíveis, além de incentivar ações de fiscalização nos postos, muitas vezes truculentas e desnecessárias, que chegam nos estabelecimentos acompanhados da polícia para checar os preços de bomba”, completou.

Fecombustíveis ainda destaca que os custos das refinarias da Petrobras representam um terço do valor total pago pelo consumidor quando vai abastecer. Além disso, o preço dos combustíveis na bomba depende de uma série de fatores como margens da distribuição e revenda, impostos, além da mistura de biocombustíveis.

*Com informações da Reuters e Giovana Leal

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