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Garmin aumenta concorrência contra Apple com tecnologia militar

29 ago 2019, 16:50 - atualizado em 29 ago 2019, 16:50
Garmin
A Garmin, que tem sede em Schaffhausen, na Suíça, vende rastreadores de atividades vestíveis desde 2003, que nunca precisaram ser emparelhados com um modelo específico de celular para funcionar (Imagem: Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Se uma empresa quiser ultrapassar a Apple e seus acessórios vestíveis, ou “wearable”, precisa vender para todo mundo, de pescadores a pilotos militares.

Essa é a mensagem do presidente da Garmin, fabricante de acessórios de ginástica e GPS, cujas ações subiram mais de 25% desde janeiro, enquanto os papéis da rival Fitbit atingiram recorde de baixa.

“Os produtos que vencem são aqueles que podem se diferenciar das massas”, disse Clifton A. Pemble, em entrevista. Os wearables da Garmin, que custam entre US$ 70 e US$ 1.500, são projetados para ajudar atletas a monitorar atividades e saúde.

A Garmin, que tem sede em Schaffhausen, na Suíça, vende rastreadores de atividades vestíveis desde 2003, que nunca precisaram ser emparelhados com um modelo específico de celular para funcionar. Relógios como o Garmin Forerunner ajudam atletas a determinar se estão treinando demais ou pouco, monitoram a marcha de corrida e os padrões de sono à noite, além de tocar música e exibir mensagens.

Produtos como o Apple Watch, por outro lado, eram originalmente comercializados como acessórios de luxo no mercado de massa, exigindo o uso do iPhone para funcionar.

Mas isso está mudando. Embora os recursos de fitness sempre tenham sido um aspecto importante do Apple Watch, a empresa se tornou mais otimista com a perspectiva de seu wearable ser usado como ferramenta de saúde independente. O modelo mais novo já pode realizar eletrocardiografia móvel e detectar possíveis problemas cardíacos.

Mas, apesar da crescente concorrência, a Garmin aumentou sua estimativa para 2019 em julho, dizendo que agora espera receita de cerca de US$ 3,6 bilhões, acima dos US$ 3,5 bilhões estimados em fevereiro.

O CEO da Garmin atribuiu o sucesso de seus dispositivos à incorporação de recursos ignorados por outros fabricantes. Um analista diz que a experiência da empresa em outras áreas – como painéis de voo e monitores touchscreen para caças militares – reforça o potencial de seus outros dispositivos.

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