Ganhos pré-Lula do etanol na usina já são devolvidos no pós-Lula; consumidor vai ganhar
Junto com a chegada de um mês mais fraco em consumo de combustíveis, as usinas já começaram a adequar a menor elasticidade de compras de etanol hidratado pelas distribuidoras com a pressão adicional da desoneração que o governo esticou para a gasolina por 60 dias. Em três dias, os preços recuaram em torno de R$ 40 a R$ 50 o metro cúbico.
A informação é de Martinho Ono, chefe da SCA Trading, que estima nova baixas na sequência da próxima semana, inclusive
As indústrias vinham precificando a volta do PIS/Cofins e Cide, com aumentos, como Money Times mostrava, e com cerca de 77% de paridade do hidratado para a gasolina – 7 pontos percentuais acima no nível máximo ideal -, “[usinas] não terão sucesso em segurar preços”, diz outro trader, Paulo Strini, do Grupo Triex.
Sem competitividade em preços para o derivado de petróleo, nível de tráfego nas ruas mais folgado pelas férias, mais estoques que foram represados à espera da melhor saída que o biocombustível deveria ter com os impostos federais penalizando a gasolina em até mais R$ 0,69 o litro, ao menos o consumidor terá a ganhar.
“A frustação do setor produtivo é grande porque também há créditos acumulados PIS/Cofins pelas usinas”, acrescenta o representante da SCA.