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Ganho potencial de 200%: BTG vê ação da 3R Petroleum tremendamente barata

16 dez 2021, 14:22 - atualizado em 16 dez 2021, 14:22
3R Petroleum RRRP3
3R: BTG vê ação com um belo ponto de entrada, considerando o crescimento do ano que vem (Imagem: Divulgação/3R Petroleum)

O BTG reiniciou a cobertura das ações da 3R Petroleum (RRRP3) com uma visão bastante otimista da companhia.

Segundo os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, as ações da empresa permanecem altamente descontadas considerando o nível de reservas provadas em seu portfólio, que deve eventualmente reduzir a percepção de risco.

O banco estabeleceu em R$ 92 o preço-alvo da ação, potencial de alta de 200% ante o último fechamento. Além disso, o BTG classificou a empresa como a favorita (top pick) no setor de óleo e gás. 

“Vemos a empresa focando no desenvolvimento de seu portfólio recém-construído, oferecendo uma boa operação de desencadeadores e potencial para resultados promissores já em 2022”, argumenta o trio de analistas.

E o mercado entendeu o recado. Por volta das 13h16, as ações da petroleira subiam 5%, a R$ 30,99.

Por que mudou?

O BTG destaca que, desde o último relatório, a 3R foi escolhida como a licitante para o Potiguargrupo e levantou, com sucesso, R$ 2,2 bilhões em uma oferta subsequente para apoiar a aquisição.

Além disso, a empresa passou a operar o cluster Areia Branca, após a conclusão da aquisição da Duna, e revitalizou os campos de Macau e Rio Ventura, onde a produção é 38% maior do que quando a Petrobras (PETR3;PETR4) operava no local.

“Nós vemos todos esses eventos como positivos para o caso e pilares da tese de investimento, reforçando a capacidade da 3R de crescer inorganicamente por meio de fusões e aquisições, oportunidades que oferecem potencial de crescimento e redução de custos”, destacam.

Pelos cálculos dos analistas, a 3R pode ver a sua produção crescer 200%. Além disso, a ação negocia a múltiplos de 3,7 vezes o Ebitda em 2022 e 2023, “que consideramos muito convincente, pois já incorpora os desembolsos para aquisição do cluster Potiguar e seus respectivos resultados”.

“Em suma, depois de entregar uma estratégia de fusões e aquisições bem-sucedida apoiada por múltiplos de entrada muito baixos, o RRRP agora está pronto para embarcar em uma nova fase de crescimento orgânico”, completam.

Quem financia?

Apesar de vislumbrar todo essa expansão, o BTG recorda que serão necessários US$ 700 milhões para financiar a compra do cluster Potiguar e, além disso, manter sua posição de caixa acima de US$ 100 até o 2022, “quando achamos que o negócio deve ser concluído”.

“Achamos que esse valor será levantado por meio de dívidas e o número também pressupõe que o RRRP pagará por uma participação de 100% no ativo”, observam.