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Galípolo surpreende o mercado e fala sobre possibilidade de subir os juros; o que esperar do Ibovespa (IBOV)

09 ago 2024, 7:23 - atualizado em 09 ago 2024, 7:23
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Morning Times: Galípolo é cotado para substituir Campos Neto e surpreendeu com falas alinhadas com ala conservadora do Banco Central. (Imagem: LinkedIn)

Ontem, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que não faz sentido ele não poder votar em um aumento da taxa Selic só porque é indicado do governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contra os juros altos.

Vale lembrar que Lula faz duras críticas ao Banco Central e ao atual presidente Roberto Campos Neto, além de questionar a necessidade de uma Selic em 10,50% ao ano.

“Muitas vezes eu assisto um receio, uma dúvida, para usar o linguajar que eu escuto, de que os diretores indicados pela gestão do presidente Lula não poderiam votar pela elevação da taxa de juros […] Não faz muito sentido imaginar que você vai passar quatro anos sem poder fazer algo nesse sentido. Está muito claro, ao colocar na ata ‘de maneira unânime’, que todos os diretores estão dispostos a fazer aquilo que for necessário para perseguir a meta”, afirmou durante o 15º Congresso Brasileiro das Cooperativas de Crédito (Concred), em Belo Horizonte.

Ele ainda disse que o atual cenário atual é “desconfortável” para o objetivo do Banco Central de alcançar a meta de inflação de 3%, já que as projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 2026 são tratadas como acima da meta.

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Galípolo também ressaltou que faz parte do grupo de diretores que vê o balanço de risco para a inflação à frente com maior pressão de alta.

As falas do diretor, que é cotado para substituir Campos Neto, surpreenderam o mercado por estarem alinhadas com a visão mais conservadora da autoridade monetária e traz um certo alívio para aqueles que achavam que um eventual mandato de Galípolo seria marcado por juros baixos, independentemente do cenário econômico.

Os investidores devem repercutir as falas do diretor, assim como os dados do IPCA de julho que saem agora de manhã. A expectativa da Warren Investimentos é de alta mensal de 0,35% e variação de 4,46% em 12 meses, frente aos 0,21% e 4,23% em junho.

Além disso, deve pesar no mercado o resultado da Petrobras (PETR4). A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, ante lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no mesmo período do ano anterior.

A última vez em que a companhia havia registrado prejuízo havia sido no terceiro trimestre de 2020, com R$ 1,5 bilhão.

As American Depositary Receipts (ADRs) da estatal operam em baixa no pré-market da Bolsa de Nova York. Por volta das 7h, as ADRs que representam as ações ordinárias da Petrobras (PBR) caíam 1,27%, negociadas por US$ 14. Já os papéis que representam as preferenciais (PBRa) recuavam 1,90%, para US$ 12,94.

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No último pregão, o Ibovespa (IBOV) completou o terceiro dia de ganhos consecutivos. O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,90%, aos 128.660,88 pontos.

Já o dólar à vista (USBRLterminou a sessão a R$ 5,5741 (-0,90%).



O que esperar de Wall Street

Lá fora, é dia de agenda esvaziada. Com isso, o destaque fica com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China, que avançou 0,5% na taxa anualizada de julho, superando as projeções de 0,3%. Além disso, o Índice de Preços ao Produtor (PPI), teve queda de 2%, contra expectativa de -0,9%.

As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam em alta.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (09)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: +0,56%
  • Hong Kong/Hang Seng: +1,17%
  • China/Xangai: -0,27%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: +0,48%
  • Frankfurt/DAX: +0,44%
  • Paris/CAC 40: +0,59%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: +0,25%
  • S&P 500: +0,15%
  • Dow Jones: +0,06%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +0,10%, a US$ 79,24 o barril
  • Petróleo/WTI: +0,16%, a US$ 76,31 o barril
  • Minério de ferro: +0,27%, a US$ 103,39 por tonelada, na Bolsa de Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): +5,95%, a US$ 60.779
  • Ethereum (ETH): +8,91%, a US$ 2.655

Boa sexta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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