Gafisa (GFSA3) perde em 3 dias o que ganhou em um pregão; entenda
As ações da Gafisa (GFSA3) derreteram nesta terça-feira (10), dia seguinte à tão esperada Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para tratar do aumento de capital privado da companhia, que foi parar na Justiça do Estado de São Paulo.
Com isso, os papéis da construtora e incorporadora fecharam em forte queda de 27,07%, cotados a R$ 16,70. Assim, tiveram perdas de 45,6% entre sexta-feira e hoje. O percentual de valorização é quase o mesmo registrado no pregão de quinta-feira (5), quando o papel fechou com forte alta de 47,03%.
Considerando o período entre 28 de dezembro, quando os papéis da companhia iniciaram seu disparate, e 6 de janeiro, a valorização acumulada foi de 259,37%. Em um único pregão, no dia 3, a ação avançou 50,42%.
Dessa forma, as ações da Gafisa registraram seu menor valor após essa sequência de saltos de dois dígitos, dando sinais de correção.
O imbróglio da Gafisa
Ontem a noite, durante a AGE, a maioria dos acionistas aprovou o aumento de capital no valor de R$ 78 milhões, já parcialmente homologado pelo conselho de administração na semana passada. Isso irá implicar na emissão de mais de 13 milhões de ações ordinárias, a R$ 5,89.
A operação está sendo alvo de disputa entre acionistas – no caso, Nelson Tanure, que tem a MAM Asset como veículo de seus investimentos, e a Esh Capital. Nos últimos dias, a MAM aumentou a sua participação na companhia, passando de 14,9% em meados de dezembro para 26,5% ontem, tornando-se a maior acionista da empresa.
A Esh, por sua vez, elevou sua posição acionária na companhia de 5,34% em 16 de dezembro, segundo formulário de referência (FRE), para 15,1% no dia 29, passando a deter mais de 5,7 milhões de papéis, além de mais de 1 milhão de bônus de subscrição emitidos pela Gafisa.
