Gafisa apresenta balanço “fraco” e inspira cautela, diz Credit Suisse
Os números divulgados pela Gafisa (GFSA3), relativos ao quarto trimestre e ao consolidado de 2019, foram considerados “fracos” pelo Credit Suisse, em relatório assinado por Luis Stacchini, Eduardo Costa e Vanessa Quiroga, e obtido pelo Money Times.
O banco afirma que, embora a incorporadora esteja barata, quando se considera o múltiplo de 0,5 vez Preço/Valor Contábil, é preciso cautela.
A primeira questão levantada pelos analistas é que, quando se excluem todas as receitas não-recorrentes, o resultado é uma perda de R$ 178 milhões, ante o lucro líquido apresentado de R$ 47 milhões no quarto trimestre.
O segundo ponto é a situação do caixa da companhia, que terminou o ano com R$ 414 milhões, ante dívidas de curto prazo de R$ 584 milhões.
Isso indica um balanço apertado, o que poderia despertar algumas preocupações, durante um período cheio de incertezas”, afirmam os analistas, referindo-se à pandemia de coronavírus.
A recomendação para as ações é underperform (desempenho esperado abaixo da média de mercado) e preço-alvo de R$ 8. O valor representa um potencial de alta de 111% sobre a cotação de referência, utilizada pelo Credit Suisse.