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G7 fecha acordo para taxar grandes empresas e pressionar paraísos fiscais

05 jun 2021, 13:55 - atualizado em 05 jun 2021, 15:38
Na mira: gigantes de tecnologia, como Google, devem pagar mais impostos (Imagem: Unsplash/beginnerjapanese)

Estados Unidos, Reino Unido e outras nações importantes fecharam um acordo histórico neste sábado para extrair mais dinheiro de empresas multinacionais como Amazon e Google, e reduzir seu incentivo na transferência de lucros para locais com baixos impostos em paraísos fiscais.

Centenas de bilhões de dólares poderiam fluir para os cofres de governos que perderam dinheiro pela pandemia de Covid-19 depois que as economias avançadas do Grupo dos Sete (G7) concordaram em apoiar uma alíquota de imposto corporativa global mínima de pelo menos 15%.

O Facebook disse esperar que terá que pagar mais impostos, em mais países, como resultado do negócio, que ocorre após oito anos de negociações que ganharam novo ímpeto nos últimos meses após propostas do novo governo do presidente dos EUA, Joe Biden.

“Os ministros das Finanças do G7 fecharam um acordo histórico para reformar o sistema fiscal global e adequá-lo à era digital global”, disse o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, após presidir uma reunião de dois dias em Londres.

A reunião, realizada em uma mansão do século 19 próxima ao Palácio de Buckingham, foi a primeira vez que os ministros das Finanças se encontraram em pessoa desde o começo da pandemia.

Rishi Sunak
“Os ministros das Finanças do G7 fecharam um acordo histórico para reformar o sistema fiscal global e adequá-lo à era digital global”, disse o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak (Imagem: REUTERS/Toby Melville)

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que o “compromisso significativo e sem precedentes” encerraria o que ela chamou de corrida de desregulamentação da taxação global.

O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, disse que o acordo era uma “notícia ruim para paraísos fiscais ao redor do mundo”.

Yellen também viu a reunião do G7 como um retorno ao multilateralismo sob Biden e um contraste com a abordagem do presidente dos EUA, Donald Trump, que afastou muitos aliados dos EUA.

“O que vi durante meu tempo neste G7 é uma colaboração profunda e um desejo de coordenar e abordar uma gama muito mais ampla de problemas globais”, disse ela.

Olaf Scholz
O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, disse que o acordo era uma “notícia ruim para paraísos fiscais ao redor do mundo” (Imagem: REUTERS/Michele Tantussi/Pool)

 

Os ministros também concordaram em fazer com que as empresas declarem seu impacto ambiental de uma forma mais padronizada, para que os investidores possam decidir com mais facilidade se irão financiá-los, um objetivo fundamental para o Reino Unido.

O G7 inclui Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Canadá.

(Atualizada às 15h38)

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