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G5 Partners expande área de private banking e contrata veteranos do Morgan Stanley e da Rosenberg

23 out 2020, 18:45 - atualizado em 23 out 2020, 18:45
Dinheiro
Os brasileiros estão em busca de mais assessoria de investimentos à medida que as taxas de juros em níveis recorde de baixa os forçam a procurar alternativas aos títulos do Tesouro (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A G5 Partners, uma boutique de gestão de fortunas e banco de investimento no Brasil, está trazendo reforços para uma expansão na área de private banking, incluindo um ex-diretor executivo do Morgan Stanley.

A empresa recrutou Itche Vasserman, que passou mais de 15 anos no Morgan Stanley, e Luiz Eduardo Mello, ex-gestor de fortunas da brasileira Rosenberg Investimentos, para ajudar na busca por mais clientes ricos, segundo Renato Klarnet, sócio-fundador da G5.

Os brasileiros estão em busca de mais assessoria de investimentos à medida que as taxas de juros em níveis recorde de baixa os forçam a procurar alternativas aos títulos do Tesouro e fundos de investimento de renda fixa com liquidez diária.

Muitos dos que foram atingidos pela volatilidade no início da pandemia tomaram crédito para cobrir as crescentes chamadas de margem em empréstimos. Outros tiveram que despejar dinheiro em seus negócios em crise. Em muitos casos, o estresse trouxe descontentamento com gestores, criando oportunidades para multi family offices não conectadas a bancos, disse Klarnet.

A área de private banking da G5 administra R$ 15 bilhões, um aumento de 50% em relação ao início do ano, e tem mais de 200 famílias como clientes, disse ele. A empresa tem como foco indivíduos com ao menos R$ 10 milhões em ativos líquidos para investir, de acordo com Marcelo Andre Lajchter, outro sócio da G5.

“Nossa área de banco de investimento está criando muitos tipos diferentes de notas e títulos estruturados para trazer mais rendimento aos nossos clientes”, disse Lajchter.

A riqueza total administrada no setor de private banking do Brasil atingiu R$ 1,38 trilhão em agosto, 5,2% a mais do que em dezembro, de acordo com a Anbima (Imagem: Freepik/jcomp)

A riqueza total administrada no setor de private banking do Brasil atingiu R$ 1,38 trilhão em agosto, 5,2% a mais do que em dezembro, de acordo com a Anbima, a associação dos mercados de capitais.

Entre os concorrentes da G5, a XP fechou um acordo em setembro para criar uma nova joint venture de gestão de fortunas com uma equipe que deixou o Credit Suisse Group. Antes disso, a XP havia perdido parte importante de seu time de wealth management para o Banco BTG Pactual.

A G5 foi criada em 2007 por uma equipe que inclui Corrado Varoli, ex-sócio do Goldman Sachs Group e executivo do Morgan Stanley, que atua como presidente. No início, a maior parte da receita da empresa vinha de assessoria em fusões, aquisições e reestruturações de dívidas, mas a área de private banking vem ganhando terreno. A empresa tinha uma parceria com a Evercore que terminou em 2017.

“As sinergias entre os negócios de gestão de fortunas e banco de investimento são enormes, porque podemos ajudar nossos clientes a reestruturar a dívida de sua empresa, vendê-la e administrar o dinheiro que o cliente recebe com a transação”, disse Varoli.