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G5, Moelis e FTI pretendem se reunir com direção da Oi e continuar discussões

06 nov 2017, 19:20 - atualizado em 06 nov 2017, 19:20

O grupo de detentores de títulos internacionais da Oi (bondholders) representado por Moelis, G5 e FTI Consulting afirmou em comunicado que, a despeito do “comportamento perturbador” da maioria do conselho de administração da Oi, planeja se reunir novamente esta semana com a diretoria da tele e outras partes interessadas na recuperação judicial da empresa para continuar discussões em torno de um plano alternativo para a reestruturação da dívida e da operadora de telefonia.

Na semana passada o conselho rejeitou a proposta alternativa revisada de recuperação para a operadora enviada pelo grupo, que detém cerca de R$ 22 bilhões de um total de R$ 32,4 bilhões em títulos que fazem parte da dívida de quase R$ 65 bilhões da Oi. Segundo divulgado pela própria companhia, as reuniões com esse grupo para discutir os termos da proposta de reestruturação e injeção de capital na Oi ocorreram em outubro, em Nova York.

“O Grupo de Credores permanece comprometido em trabalhar com todos os envolvidos em busca de uma reestruturação expedita e consensual que forneça soluções de longo prazo para as questões financeiras e operacionais do Grupo Oi”, diz o texto. Os bondholders atacam as recentes decisões do conselho de administração da Oi, afirmando que a rejeição de sua proposta prova que a maioria dos membros do órgão vem sendo guiada pela defesa dos interesses dos atuais acionistas, em detrimento do melhor interesse da companhia e outros entes envolvidos na recuperação judicial.

“Isso confirma que a maioria do conselho de administração da Companhia está claramente conflitada”, dizem. Os credores também criticam a nomeação dos conselheiros Hélio Costa e João Vicente Ribeiro como diretores da Oi. “É óbvio que esses novos diretores foram nomeados para minar e contornar os esforços da alta administração do Grupo Oi para negociar planos de reestruturação justos e, em vez disso, atender aos interesses dos acionistas minoritários da Companhia exercendo controle”, atacam.

No comunicado, o grupo defende sua proposta afirmando que ela foi desenhada após cinco dias de reuniões com a diretoria e assessores financeiros da Oi, atendendo aos interesses da companhia. A proposta revisada previa a injeção de R$ 4 bilhões, mas permitiria que os atuais acionistas retivessem 12% de participação na companhia reorganizada e participassem do aumento de capital. Para o grupo de bondholders, isso quer dizer um tratamento igualitário entre os credores.

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