Internacional

G20: Brasil coloca em destaque tributação de ‘super-ricos’ e reforma de instituições financeiras; confira

26 fev 2024, 12:27 - atualizado em 26 fev 2024, 12:27
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Haddad, que foi diagnosticado com Covid-19 e participará do evento de forma remota, reafirma importância de taxar “super-ricos”(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Na quarta-feira (28), Fernando Haddad, que participará virtualmente das reuniões após ter sido diagnosticado com Covid-19, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, iniciarão oficialmente os encontros do G20. Os principais temas do evento são dívida global, reforma de instituições globais, transição energética e a taxação da fortuna de “super-ricos”.

O G20 reúne os países com as maiores economias do mundo, discutindo iniciativas econômicas e sociais para problemas que afetam as nações. Além do Brasil, que preside os encontros em 2024, Argentina, China, Rússia e Estados Unidos também participam.

Na quinta-feira (29), o destaque é para um painel sobre tributação internacional, liderado pelo ministro da Fazenda. A bandeira que o Brasil levanta é a de fornecer maior ajuda a países emergentes e em desenvolvimento.

Haddad conversará com a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Nacional), Kristalina Georgieva, sobre o endividamento de países pobres e formas de obter recursos para essas nações.

Ainda nesta data, outro nome já conhecido que pode surgir nas discussões é o Pix. Isso porque discussões sobre pagamentos instantâneos entre países serão acompanhadas de perto pelos participantes do evento.

Um encontro com a ex-presidente Dilma Rousseff também está na agenda de Haddad. Atualmente, Dilma preside o NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), conhecido como o “banco dos Brics”.

Tributação de grandes fortunas será discutida no G20

Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro afirmou que a terceira sessão de apresentações do G20 será sobre tributação internacional, com uma proposta de tributação de grandes riquezas.

“A agenda de tributação da riqueza e da progressividade sobre a renda são essenciais para enfrentar os entraves econômicos da desigualdade e promover o crescimento econômico sustentável”, afirmou.

No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei de taxação dos “super-ricos”, o que afetaria 2,5 mil brasileiros. Apesar disso, o tributo ainda não foi regulamentado.

Transição energética é pauta em encontros

Ainda nos encontros do G20, a expectativa é de que as nações consigam discutir a transição energética e combates às mudanças climáticas, de forma a financiar projetos em países em desenvolvimento.

“O Brasil é muito a favor de discutir os critérios de sustentabilidade e de avançar nisso porque a gente sabe da qualidade e da seriedade da nossa produção”, afirmou Laís Garcia, chefe da Divisão de Energia Renovável do Ministério de Relações Exteriores, à Agência Brasil.

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