Futuros do boi de inverno nos EUA não mostram custo acima do normal para JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3)
A maioria das análises apontam para um quadro de menor disponibilidade de bois e vacas para os frigoríficos da JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) dos Estados Unidos abaterem no segundo semestre, porém os futuros em Chicago estão com ganhos alinhados à média histórica e não mostram, portanto, altas comprometedoras sobre o custo da originação de matéria-prima por enquanto.
O hedge que as companhias estão fazendo na bolsa de commodities adicionam 4 e 10 pontos nos vencimentos outubro e dezembro, sobre os US$ 140 o centum weight (cwt, unidade de medida, como a @ no Brasil) de abril, e menos ainda sobre os dois vencimentos do verão americano, junho e agosto.
Apesar do gado nos EUA ser quase todo ele alimentado em confinamento, ainda assim a disponibilidade para os frigoríficos é tradicionalmente menor nos rigorosos outono e inverno.
Entre o pico de US$ 145 de 10 de fevereiro e valor do outubro, diante do fixado na quinta (14), a oscilação permaneceu estável, sem que houvesse disparo, desde então, sobre os vencimentos mais longos.
Os dados mais recentes do USDA, de todo modo, apontavam para um estoque 2% menor do gado em 31 de janeiro, sendo 30,1 milhões de cabeças aptas para corte, de um rebanho total de 91,6 milhões.
Em relação aos bezerros, a queda notada foi de 1% sobre a safra de 2020, para 35,1 milhões de cabeças.
No geral, considerando apenas esse fundamento, aparentemente o mercado futuro não enxerga ainda problemas no desempenho das empresas.