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Futuros de soja e milho tocam máximas de 8 meses com preocupações com safra da América do Sul

09 fev 2022, 19:42 - atualizado em 09 fev 2022, 19:42
Soja
O relatório do USDA fixou os estoques mundiais de soja em 92,83 milhões de toneladas (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Os futuros de soja e milho na bolsa de Chicago (CBOT) atingiram máximas de oito meses nesta quarta-feira devido a preocupações com o risco de um clima mais desfavorável em áreas de cultivo estressadas pela seca na América do Sul, disseram traders.

O Departamento de Agricultura dos EUA, em um relatório mensal, estimou a safra de soja do Brasil em 134 milhões de toneladas, ante 139 milhões em janeiro, e a safra de soja da Argentina em 45 milhões, ante 46,5 milhões.

Analistas consultados pela Reuters esperavam, em média, 133,65 milhões para o Brasil e 44,51 milhões para a Argentina.

Negociadores disseram que o USDA provavelmente precisará fazer mais cortes. Alguns analistas privados prevêem que a produção brasileira caia para cerca de 125 milhões de toneladas em meio ao clima seco no sul do país.

“Mais do foco estará no clima sul-americano”, disse Don Roose, presidente da corretora US Commodities, com sede em Iowa. “As lavouras continuam afundando com o clima no sul do Brasil e na Argentina.”

O relatório do USDA fixou os estoques mundiais de soja em 92,83 milhões de toneladas, abaixo dos 95,20 milhões do mês passado, mas acima das expectativas de 91,51 milhões, e os estoques mundiais de milho em 302,22 milhões, abaixo dos 303,07 milhões anteriores, mas acima das estimativas de 300,32 milhões.

Os futuros mais ativos de milho terminaram em 14,50 centavos de dólar (Imagem: Pixabay/reijotelaranta)

O contrato de soja mais ativo da CBOT fechou em alta de 25,75 centavos de dólar a 15,9475 dólares por bushel. O contrato anteriormente atingiu 15,9950 dólares, seu preço mais alto desde junho.

Os futuros mais ativos de milho terminaram em 14,50 centavos de dólar a 6,4675 dólares por bushel, após atingirem 6,4775 dólares, seu preço mais alto desde junho.

O trigo na CBOT terminou em alta de 6,25 centavos de dólar, para 7,85 dólares e atingiu seu preço mais alto este mês.

reuters@moneytimes.com.br