Futuros de soja e milho tocam máximas de 8 meses com preocupações com safra da América do Sul
Os futuros de soja e milho na bolsa de Chicago (CBOT) atingiram máximas de oito meses nesta quarta-feira devido a preocupações com o risco de um clima mais desfavorável em áreas de cultivo estressadas pela seca na América do Sul, disseram traders.
O Departamento de Agricultura dos EUA, em um relatório mensal, estimou a safra de soja do Brasil em 134 milhões de toneladas, ante 139 milhões em janeiro, e a safra de soja da Argentina em 45 milhões, ante 46,5 milhões.
Analistas consultados pela Reuters esperavam, em média, 133,65 milhões para o Brasil e 44,51 milhões para a Argentina.
Negociadores disseram que o USDA provavelmente precisará fazer mais cortes. Alguns analistas privados prevêem que a produção brasileira caia para cerca de 125 milhões de toneladas em meio ao clima seco no sul do país.
“Mais do foco estará no clima sul-americano”, disse Don Roose, presidente da corretora US Commodities, com sede em Iowa. “As lavouras continuam afundando com o clima no sul do Brasil e na Argentina.”
O relatório do USDA fixou os estoques mundiais de soja em 92,83 milhões de toneladas, abaixo dos 95,20 milhões do mês passado, mas acima das expectativas de 91,51 milhões, e os estoques mundiais de milho em 302,22 milhões, abaixo dos 303,07 milhões anteriores, mas acima das estimativas de 300,32 milhões.
O contrato de soja mais ativo da CBOT fechou em alta de 25,75 centavos de dólar a 15,9475 dólares por bushel. O contrato anteriormente atingiu 15,9950 dólares, seu preço mais alto desde junho.
Os futuros mais ativos de milho terminaram em 14,50 centavos de dólar a 6,4675 dólares por bushel, após atingirem 6,4775 dólares, seu preço mais alto desde junho.
O trigo na CBOT terminou em alta de 6,25 centavos de dólar, para 7,85 dólares e atingiu seu preço mais alto este mês.