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Fusões e aquisições globais atingem recorde de US$ 4,1 trilhões

26 out 2021, 16:52 - atualizado em 26 out 2021, 16:52
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Vários recordes já haviam sido superados nos últimos meses e foi apenas questão de tempo para que a máxima estabelecida em 2007 fosse ultrapassada (Imagem: Pixabay/pasja1000)

O mercado global de fusões e aquisições acaba de registrar seu melhor ano, com US$ 4,11 trilhões em acordos até agora.

Vários recordes já haviam sido superados nos últimos meses e foi apenas questão de tempo para que a máxima estabelecida em 2007 fosse ultrapassada.

“Os banqueiros de ‘M&A’ são sempre acusados de serem perpetuamente otimistas, mas os dados são bastante convincentes”, disse Stephan Feldgoise, codiretor de fusões e aquisições globais do Goldman Sachs.

“Quer se trate de fusões e aquisições de grande capitalização… SPACs, reposicionamento estratégico devido à Covid, os números têm sido extraordinários”, disse mencionando a sigla de empresas de aquisição de propósito específico.

Os volumes têm aumentado em todos os setores e regiões, puxados pelo financiamento barato e forte atividade de investidores de private equity. Acordos na faixa de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões – um ponto ideal para empresas de aquisição – têm sustentado o boom, na evidente ausência de negócios acima de US$ 50 bilhões.

Transações de destaque neste ano incluem a compra alavancada da Medline Industries, a batalha da Canadian Pacific Railway para adquirir a Kansas City Southern, e a tão esperada fusão das imobiliárias alemãs Deutsche Wohnen e Vonovia.

Com mais de dois meses para o fim de 2021, ainda há oportunidades para negociadores perseguirem o marco de US$ 5 trilhões.

Firmas de private equity já estão de olho na unidade de consumo da GlaxoSmithKline, avaliada em 40 bilhões de libras (US$ 55 bilhões), o que pode levar à maior aquisição de todos os tempos, segundo reportagem da Bloomberg News este mês.

“Uma categoria em que poderíamos dizer que ainda esperamos fortes retomadas da atividade é no exterior”, disse Feldgoise. “Isso tem sido limitado por viagens geográficas e restrições da Covid, o que, felizmente, parece que estamos superando em certa medida.”

Ameaças à corrida recorde incluem o maior escrutínio de aquisições na agenda de governos dos EUA e da Europa, um possível aumento nas taxas de juros e oscilações das bolsas que ameaçam prejudicar algumas fusões impulsionadas por ações.

Bancos de Wall Street dominam os rankings globais de assessoria. O Goldman Sachs lidera, seguido por JPMorgan Chase, Morgan Stanley, Bank of America e Citigroup, segundo dados da Bloomberg.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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