Fusões e aquisições devem desacelerar na América Latina em 2020
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As operações de fusões e aquisições na América Latina devem desacelerar no próximo ano devido ao impacto do desaquecimento econômico e da incerteza política em toda a região, o que deve restringir o apetite por novos acordos, segundo previsão divulgada na segunda-feira.
A expectativa é de que novos acordos na região somem US$ 77 bilhões em 2020, abaixo dos US$ 90 bilhões estimados para este ano, segundo o relatório anual Global Transactions Forecast, do escritório de advocacia Baker McKenzie. Em todo o mundo, o número de acordos dever cair 25%, para US$ 2,1 trilhões no próximo ano.
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O espectro de uma guerra comercial global e uma série de crises políticas pesaram sobre as perspectivas para a América Latina, cujo crescimento econômico deve desacelerar para 1,1% este ano ante 1,5% em 2018, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O declínio do volume de acordos será particularmente acentuado na Argentina, onde investidores temem o retorno de uma agenda econômica populista caso o candidato da oposição, Alberto Fernández, vença as eleições presidenciais em 27 de outubro.