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Fusão Petz (PETZ3) e Cobasi atrasada? Veja para quando analistas estimam e o que fazer com ações

27 nov 2024, 16:02 - atualizado em 27 nov 2024, 18:36
petz cobasi
Na avaliação da XP, conclusão da fusao entre Petz e Cobasi ocorrerá apenas no segundo semestre de 2025 (Imagem: Facebook / Reprodução)

A aprovação do Conselho de Administrativo de Defesa Econoômica (Cade), a autoridade antitruste do Brasil, para a fusão entre Petz (PETZ3) e a Cobasi pode levar mais tempo para acontecer, após o superintendente-geral, Alexandre Barreto, avaliar que faltam documentos para a análise do negócio, segundo noticiou o colunista d’O Globo, Lauro Jardim.

O Cade tem um prazo de 240 dias para aprovar ou não a transação, no entanto, o pedido de mais informações pode aumentar o tempo de espera.

O acordo entre as companhias prevê incorporação de ações da Petz por uma subsidiária detida integralmente pela Cobasi, resultando no que apontam como a criação “do maior e mais integrado ecossistema pet do Brasil”.

As empresas do setor pet anunciaram a combinação dos negócios em agosto deste ano. Com a Petz sendo uma subsidiária integral da Cobasi, os acionistas da Petz terão 52,6% das ações de emissão da companhia combinada.

Os acionistas da Cobasi restarão titulares das demais ações da empresa resultante da fusão, representando 47,4% do seu capital social.

Dessa maneira, a relação de troca se dará da seguinte forma: para cada ação ordinária da Petz de que sejam proprietários no fechamento, os acionistas da Petz receberão 0,0090445 ação ordinária de emissão da Cobasi.

Demora do Cade prejudica ações da Petz?

Na avaliação de analistas do BTG Pactual, ainda que o cenário base permaneça de aprovação do acordo, o tempo maior para o Cade avaliar a fusão deve pesar negativamente sobre o preço das ações da Petz.

“Apesar de acreditemos que a fusão Petz-Cobasi (que deve ditar o desempenho das ações nos próximos meses) possa levar a um mercado mais racional e a sinergias, sinalizamos que o mercado continua fortemente fragmentado”, argumentam os analistas.

O BTG destaca melhoria da lucratividade devido à melhor dinâmica de preços e a um mix de produtos mais saudável, vista no balanço do terceiro trimestre de 2024 da companhia.

Contudo, não deixaram de notar que o fraco segmento de lojas físicas e o rápido crescimento digital reforçam o cenário desafiador do curto prazo, em termos de receita líquida e margem, e avaliam que deve persistir nos próximos trimestres.

O banco tem recomendação de compra para PETZ3, com preço-alvo de R$ 5.

A XP Investimentos comenta que, embora a emenda não pareça interromper o processo, pode ser vista como sinal de uma abordagem mais cautelosa em relação à fusão pelo Cade.

Como resultado, os analistas estimam que a transação seja concluída no segundo semestre de 2025.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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