Fusão entre unidade da Thyssenkrupp e Kone provocaria guerra judicial, diz Schindler
A fabricante de elevadores suíça Schindler entraria em uma ofensiva disputa judicial antitruste para suspender qualquer acordo de uma fusão da divisão de elevadores da Thyssenkrupp com a rival Kone, disse o membro do conselho Alfred Schindler à Reuters.
Seus comentários vieram um dia após o prazo final para as ofertas de aquisição da Thyssenkrupp Elevator, com a Kone, da Finlândia, e três consórcios de private equity, competindo para comprá-la em um acordo que fontes dizem que pode valer até 17 bilhões de euros.
Uma fusão Kone-Thyssenkrupp Elevator criaria a maior fabricante de elevadores do mundo, superando a líder de mercado Otis, da United Technologies, e a vice-líder Schindler.
“Provavelmente abriríamos processos para Europa, Estados Unidos, Canadá, China e possivelmente Austrália. Esses casos levariam de três a quatro anos”, disse Schindler, presidente emérito do conselho da empresa que comandou por 26 anos.
Ele disse que outros rivais provavelmente também tomariam medidas legais: “Você pode assumir com segurança que nem Otis nem Schindler aceitariam serem forçadas a saírem do setor”.
A Thyssenkrupp e a Otis se recusaram a comentar. Uma porta-voz da Kone disse que a empresa continua acreditando que há espaço para consolidação no setor.
Antes um símbolo do poder industrial da Alemanha, a Thyssenkrupp está enfrentando 12,4 bilhões de euros de dívidas e pensões após anos de investimentos fracassados e precisa captar dinheiro de sua divisão de elevadores para se reestruturar.
O conselho de supervisão da Thyssenkrupp deve se reunir em 27 de fevereiro, quando pode tomar uma decisão sobre o destino de sua unidade de elevadores, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto.
Além de vender a totalidade ou parte dos negócios, a Thyssenkrupp também considera uma oferta inicial de ações, embora fontes tenham dito que essa opção é menos provável.