Fusão entre Eneva e AES Tietê não está morta
Uma avaliação da B3 (B3SA3) sobre a possibilidade de que todos os acionistas de empresas listadas no nível 2 de governança têm direito a voto em propostas de incorporação e fusão indica que o negócio entre a Eneva (ENEV3) e a AES Tietê (TIET11) não está morto.
Ao recusar a oferta, a AES divulgou carta em que disse entender que a fusão não poderia ir adiante sem seu aval, como controladora da empresa, defendendo que acionistas sem direito a voto não poderiam decidir sobre o destino da companhia.
A Eneva propôs em 1° de maio pagar R$ 6,6 bilhões aos acionistas da AES Tietê, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e o restante em ações. A operação foi encerrada no último dia 22 de abril.
Segundo a Reuters, contudo, a Eneva segue interessada em uma fusão, mesmo após ter tido rejeitada uma proposta inicial, e o conselho de administração da empresa deverá discutir nos próximos dias a possibilidade de uma nova oferta.
Na visão do analista Marcelo Sá, do Itaú BBA, a declaração de B3 aumenta as chances de aprovação em uma potencial reunião de acionistas.
“A Eneva aguardará uma declaração da CVM antes de enviar outra proposta”, avalia.
Segundo ele, a Eneva não deseja entrar em uma longa batalha legal por direitos de voto e, portanto, só poderá avançar se a CVM concordar com a avaliação de B3.
Sá manteve a recomendação para a Eneva em outperform (desempenho acima da média do mercado), com valor justo de R$ 39.