Giro do Mercado

Fusão entre Pão de Açúcar (PCAR3) e Dia é improvável devido ao aumento de custo de capital

16 dez 2024, 16:26 - atualizado em 16 dez 2024, 16:26

A fusão entre o Pão de Açúcar (PCAR3) e o Dia é improvável de acontecer devido a atual estratégia de consolidação do grupo GPA de evitar o alto custo de capital, impulsionado por um cenário de juros elevados e inflação crescente, disse Harrison Gonçalves, CFA e sócio da CMS Invest, no Giro do Mercado desta segunda-feira (16).

Na última sexta-feira (13), os rumores de uma eventual fusão entre o Dia e o GPA surgiram após a confirmação de que Nelson Tanure se tornou o novo controlador da rede de supermercados Dia.

Tanure enviou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma notificação informando que assumirá o controle do Dia por meio do Fundo de Investimento Multimercado Arila — que detém o fundo de investimento Lyra II, atual controlador da rede.

Segundo Gonçalves, atualmente o grupo se concentra em diminuir despesas, otimizar operações existentes, remodelar as lojas e comunicação — que envolvem se posicionar melhor em termos de produtos e regiões —, além de vender ativos não rentáveis para pagar dívidas, ao contrário do que a operação pediria.

O sócio explica que esse processo de reestruturação vem acontecendo desde 2022, resultando em oito semestres consecutivos de aumento de Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e margem, exemplificando que a atual taxa ebitda é de 8%, a mais alta desde 2021, após ter caído para 6% em 2021.

Além disso, Gonçalves reitera que a venda de postos de gasolina e mercados permitiram que a empresa concentrasse seus recursos em outros negócios.

Já em relação ao futuro, apesar do prejuízo em 2022 e 2023, atribuído à reestruturação, a empresa tem uma perspectiva positiva de crescimento a longo prazo, devido à sua operação diferenciada e foco no cliente premium, afirma.

No terceiro trimestre do ano passado, o grupo registrou um prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão ante perda de R$ 296 milhões no mesmo período de 2022, devido à conclusão da segregação da unidade colombiana Éxito ter sido afetada, embora as receitas e margens da operação no Brasil tenham crescido no período.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Estudante de jornalismo na FAAP, cobre Mercados e Internacional.
raquel.lauren@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na FAAP, cobre Mercados e Internacional.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar