Fusão entre BR Malls e Aliansce não deve acontecer antes de seis meses
A equipe de análise do Citi não acredita em uma fusão entre a BR Malls e a Aliansce antes do período entre seis meses a um ano, avalia o banco em um relatório enviado a clientes. Segundo apurou o Estadão, os principais acionistas das duas empresas têm mantido conversas sobre uma potencial combinação dos negócios.
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De acordo com a reportagem, as tratativas ainda estão em estágio inicial. A maior entusiasta do plano de fusão é o fundo de pensão canadense CPPIB (Canadian Pension Plan Investment Board), que vê a possibilidade de consolidar sua atuação no mercado brasileiro de shoppings. A BR Malls é maior companhia do ramo, com participação em 41 empreendimentos, enquanto a Aliansce possui 20
“Enquanto reconhecemos que existe algum mérito suportando o racional da fusão, que foi amplamente reportada pela mídia, não acreditamos que uma transação dentro dos próximos 6-12 meses é provável pois ela contradiz a visão estratégica comunicada pela gestão da BR Malls ao longo de seu recente aumento de capital a fim de orientar seu portfólio de uma forma mais consolidada, com uma qualidade média maior”, avalia o analista Dan McGoey.
Os cálculos de McGoey indicam que em uma simulação de uma a troca das ações da Aliansce com um prêmio de 0-20% do fechamento de ontem, seriam necessários 250-313 milhões de ações da BR Malls resultando em diluição de 9 a 14%, mas elevando a taxa de capitalização da nova entidade em 9,9% (Receita operacional líquida + Valor de mercado atual).
O analista mantém a recomendação neutra, com um preço-alvo de R$ 13,50.