Fundos tentam, mas açúcar não tem força para aproveitar forte baixa do Brent
O barril do petróleo tipo Brent para entrega em outubro renova o recuo forte de ontem na bolsa de Londres. Ajudou a tirar um pouco o açúcar da depressão na qual se encontra, mas não influencia mais o bastante como quando ameaçava desbalancear o mix com o etanol no Brasil.
Sem nenhum fundamento conjuntural que mantenha a commodity pelas próprias pernas, alguns fundos tentam tirar uma parte do portfólio fora da linha d’água, enquanto a maioria continua vendido.
O açúcar saiu da bolsa de Nova York (ICE Futures), nesta quinta (15), em 3 pontos acima, em 11.61 cents de dólar por libra-peso o outubro.
O petróleo recuou 3,06% na véspera, fechando em US$ 59,48/barril. A pressão continua hoje pelos bons inventários dos Estados Unidos, em especial das reservas, além do panorama desafiador para a economia mundial.
O que se monitora daqui para frente é a continuidade desse cenário. Daí, sim, haveria alguma expectativa de melhora para o açúcar. Mas muito limitada ainda por produção alta na Índia e subsídios às suas exportações.
De todo modo, daqui em diante começará a cair a produção como um todo do Centro-Sul e o petróleo em baixa poderá limitar um pouco a competitividade do etanol – maior participante no mix produtivo nesta safra – cuja curva de alta deverá se acentuar a partir de setembro. E as usinas também terão que controlar estoques para a entressafra, que muitos já pensam que serão baixos.