Fundos imobiliários vão às compras e anunciam aquisições; veja quais
Fundos imobiliários parecem aproveitar o momento para rever estratégias de investimentos e vão às compras de ativos para aumentar o portfólio e em busca de elevação de receitas.
Nos últimos dias, ao menos três fundos imobiliários fizeram anúncios. Ao todo, no mês, já foram pelo menos cinco anúncios desde a compra do ativo, com o primeiro pagamento já realizado, à captação de recursos para finalizar a operação.
Com isso, os FIIs movimentaram, pelo menos, R$ 474,6 milhões nas aquisições, entre emissão de cotas e valor total de compra dos ativos.
3 fundos imobiliários compraram imóveis
Nesta semana, o HSI Renda Imobiliária (HSRE11) comunicou que assinou com a Toledo Administradora contrato para comprar um imóvel em Araçatuba, interior de São Paulo, por R$ 40,7 milhões.
O empreendimento tem 18,3 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). Com isso, o preço de aquisição corresponde a R$ 2,2 mil por metro quadrado.
Segundo o HSRE11, atualmente, o imóvel está alugado para o Centro Universitário Unitoledo, recentemente adquirido pelo Grupo Yduqs (YDUQ3).
Porém, o FII reforça que a conclusão da aquisição está sujeita a determinadas condições precedentes, entre elas a captação de recursos. Em comunicado, o HSI diz que, caso a aquisição seja concluída, passará a ser proprietário de 30 imóveis, somando ABL de 124,3 mil metros quadrados.
Ao longo do mês, outras importantes aquisições foram anunciadas por fundos imobiliários. A principal delas, talvez, tenha sido a do Corporate Office Properties (COPP11), FII que pertence ao BTG Pactual. O COPP11 comprou quatro ativos que pertenciam ao fundo imobiliário XP Properties (XPPR11) por R$ 200,7 milhões.
Além dele, o CSHG Logística (HGLG11), gerido pelo Credit Suisse, fez uma proposta para comprar todos os ativos do FII GTis Brazil Logistics (GTLG11).
Entre os ativos, estão quatro galpões logísticos localizados próximos à cidade de São Paulo. Os fundos imobiliários não citaram valores desta possível transação.
Fundos imobiliários recorrem à emissão para comprar imóveis
Também nesta semana, o fundo imobiliário BTSP II (BTSI11), administrado pelo Inter, aprovou a terceira emissão de cotas do fundo, no qual pretende levantar até R$ 63,2 milhões, ou 616,5 mil novas cotas.
A oferta, destinada apenas à investidores profissionais, terá cada cota no valor de R$ 101,29. O volume de cotas poderá aumentar em até 25%, correspondendo a R$ 12,5 milhões.
Em comunicado, o BTSI11 explicou que os recursos captados serão destinados para comprar uma participação majoritária em um empreendimento imobiliário em Cravinhos, no interior de São Paulo.
Outro fundo que recorreu à emissão de cotas foi o de lajes corporativas Pedra Negra Renda Imobiliária (FPNG11).
No início de março, foi aprovada uma captação de recursos para levantar R$ 170 milhões. O dinheiro será para a compra de participação em um ativo, recentemente, alvo de uma novela.
Com isso, o fundo anunciou a quarta emissão de novas cotas, de 1,1 milhão, com preço unitário de R$ 147. A operação será destinada apenas aos cotistas do fundo.
O FPNG11 pretende usar a bolada para comprar uma fatia de 24,95% no DiamondMall, em Belo Horizonte (MG), shopping que a Multiplan (MULT3) detém 75,05% de participação. Hoje, essa parcela que o Pedra Negra quer adquirir pertence ao Atlético Mineiro.