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Fundos imobiliários tombam na esteira da crise da Americanas (AMER3)

19 jan 2023, 18:29 - atualizado em 19 jan 2023, 18:29
Americanas
Índice de fundos imobiliários fechou no menor nível do ano impactado com recuperação judicial da Americanas (Imagem: André Torres/Money Times)

Ao menos oito fundos imobiliários estão expostos à Americanas (AMER3), que entrou com um pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19) ao declarar dívidas de R$ 43 bilhões. A justiça aceitou o pedido no fim da tarde.

Em meio à essa exposição, o índice referência do setor (Ifix) da B3 fechou em queda de 0,49%, aos 2.825 pontos, menor nível do ano, sentindo o efeito cascata da crise da varejista no mercado financeiro.

Fundos imobiliários expostos à Americanas puxam queda do Ifix

A queda do Ifix foi puxada por fundos atrelados à Americanas, com o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11) liderando as perdas, de 3,93%, com forte volume de negócios, seguido do XP Log (XPLG11) com recuo de 3,22%.

O XPLG tem 8% de sua receita imobiliária vinculada à gigante do varejo, segundo levantamento da Empiricus Research. O fundo Max Retail (MAXR11), que tem 56,2% de sua receita imobiliária atrelada à Americanas com o aluguel de cinco imóveis, caiu 2,1% no pregão.

Por outro lado, o fundo Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) exibiu a maior alta no dia, de 1,93%.

Momento é de cautela com esses FIIs

Segundo o analista de real estate da Empiricus, Caio Araujo, o momento é de cautela para os cotistas desses fundos. “Caso seja projetado um plano de enxugamento das operações, certamente algumas áreas serão desocupadas, ao menos de forma parcial. Especialmente em imóveis com pior localização ou  com contratos típicos”, comenta.

Araujo destaca que o fundo Vila Olímpia Corporate (VLOL11) também tem grande exposição à Americanas, com 29% da receita vinculada à varejista.

“Por se tratar de um espaço corporativo da companhia em São Paulo, com os escritórios da Ame Digital e Bit Services, não enxergamos risco de desocupação tal qual dos imóveis logísticos neste momento, mas está no radar”, pondera.

Em comunicado publicado ontem, o fundo VLOL11 diz aos cotistas que os contratos de locação firmados com as duas empresas do grupo Americanas correspondem a 1.508 metros quadrados e cerca de 14,54% de área do fundo. A gestora e a administradora do fundo, a RB Capital, reforçaram que os aluguéis devidos até a presente data foram pagos pelas locatárias.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
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