Fundos Imobiliários

Fundos imobiliários têm negociações suspensas após comunicado de troca de gestora

02 maio 2023, 16:12 - atualizado em 03 maio 2023, 15:20
fundos imobiliários prédios
Três fundos imobiliários tiveram a negociação de cotas suspensas após fato relevante sobre troca de gestora (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Três fundos imobiliários tiveram, há pouco, negociações de cotas suspensas na B3 em razão da divulgação de um fato relevante no meio da tarde desta terça-feira (02).

Os fundos de papel Tordesilhas EI (TORD11) e Hectare CE (HCTR11) tiveram os negócios suspensos após outro fundo imobiliário, o Serra Verde (SRVD11) comunicar a troca de gestora do FII.

Em fato relevante, o SRVD11 disse que a R Capital Asset Management Investimentos foi “destituída” como sua gestora. Com isso, a partir de amanhã (03), o Serra Verde será gerido pela Catalunya Gestão de Recursos, do Rio Grande do Sul.

Por volta de 16h10 (de Brasília), as negociações do TORD11 haviam sido retomadas. Entretanto, a cota disparou 6,3% e entrou em leilão. O Hectare, por sua vez, tinha ligeira alta de 0,2%.

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Fundos imobiliários alvos de calote

Além de liderarem as quedas no acumulado de 2023, de 48%, o Tordesilhas e o Hectare têm outra coisa em comum. Eles, junto aos fundos Versalhes Recebíveis (VSLH11) e Devant Recebíveis (DEVA11), fazem parte de calotes envolvendo o pagamento de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs). Os casos ganharam força entre fevereiro e março.

No início de março, a Forte Securitizadora (Fortesec) ficou inadimplente com o pagamento de juros e amortização de CRIs vencidos em 22 de fevereiro, o que levou esses FIIs a derreterem nas últimas semanas.

Porém, dias depois, mais uma notícia envolvendo CRIs pegou em cheio esses fundos imobiliários. À época, a Justiça do Rio Grande do Sul decidiu que a empresa do ramo imobiliário e de turismo Gramado Park (GPK) ficaria suspensa de pagar recebíveis à Fortesec por 60 dias.

Contudo, no mês passado, a justiça do Rio Grande do Sul aceitou o pedido de recuperação judicial de três empresas (de quatro) do grupo GPK. A Fortesec é responsável pela emissão de CRIs da GPK e pertence ao fundo imobiliário Serra Verde.