Fundos imobiliários têm negociações suspensas após comunicado de troca de gestora
Três fundos imobiliários tiveram, há pouco, negociações de cotas suspensas na B3 em razão da divulgação de um fato relevante no meio da tarde desta terça-feira (02).
Os fundos de papel Tordesilhas EI (TORD11) e Hectare CE (HCTR11) tiveram os negócios suspensos após outro fundo imobiliário, o Serra Verde (SRVD11) comunicar a troca de gestora do FII.
Em fato relevante, o SRVD11 disse que a R Capital Asset Management Investimentos foi “destituída” como sua gestora. Com isso, a partir de amanhã (03), o Serra Verde será gerido pela Catalunya Gestão de Recursos, do Rio Grande do Sul.
Por volta de 16h10 (de Brasília), as negociações do TORD11 haviam sido retomadas. Entretanto, a cota disparou 6,3% e entrou em leilão. O Hectare, por sua vez, tinha ligeira alta de 0,2%.
Fundos imobiliários alvos de calote
Além de liderarem as quedas no acumulado de 2023, de 48%, o Tordesilhas e o Hectare têm outra coisa em comum. Eles, junto aos fundos Versalhes Recebíveis (VSLH11) e Devant Recebíveis (DEVA11), fazem parte de calotes envolvendo o pagamento de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs). Os casos ganharam força entre fevereiro e março.
No início de março, a Forte Securitizadora (Fortesec) ficou inadimplente com o pagamento de juros e amortização de CRIs vencidos em 22 de fevereiro, o que levou esses FIIs a derreterem nas últimas semanas.
Porém, dias depois, mais uma notícia envolvendo CRIs pegou em cheio esses fundos imobiliários. À época, a Justiça do Rio Grande do Sul decidiu que a empresa do ramo imobiliário e de turismo Gramado Park (GPK) ficaria suspensa de pagar recebíveis à Fortesec por 60 dias.
Contudo, no mês passado, a justiça do Rio Grande do Sul aceitou o pedido de recuperação judicial de três empresas (de quatro) do grupo GPK. A Fortesec é responsável pela emissão de CRIs da GPK e pertence ao fundo imobiliário Serra Verde.