Fundos imobiliários têm a pior semana de 2022. O que fazer?
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou o pregão em queda de 0,16%, aos 2.782 pontos, renovando o menor nível desde 18 de julho.
O destaque de alta ficou com o fundo Riza Terrax (RZTR11) que subiu 2,31%. Entretanto, o fundo Suno Fundos de Fundos (SNFF11) liderou as quedas, de 3,50%, devolvendo parte da alta de 4,69% na véspera.
Fundos imobiliários têm semana para esquecer
O Ifix amargou a quinta queda seguida e teve a pior semana de 2022, com forte desvalorização de 3%. Empilhando tantas derrotas, o índice ainda perdeu o patamar de 2.800 pontos.
O assessor de investimentos da SVN, Vitor Matias, destaca que o desempenho ruim de fundos de papel, que vêm ajudando a sustentar a queda do índice. Com isso, devido ao atual cenário, dificilmente, será possível ver uma alta expressiva.
“Não consigo enxergar quedas que sejam estruturais na operação. Se tiver novos recuos, eu sempre vou chamar de quedas marginais por uma conjuntura de mercado e não porque o investimento em fundo imobiliário está ficando ruim”, pondera.
Liquidez de fundos imobiliários começa a cair
Ele destaca que, além do cenário econômico e político, dias antes de começar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que vem afetando fortemente os ativos de renda variável, a liquidez está reduzindo.
“Na reta final do ano, os investidores começam a operar menos”, acrescenta. Apesar disso, o volume negociado foi o maior em seis semanas.
Na pior semana do ano, apenas seis FIIs fecharam com sinal positivo, liderado pelo Quasar Agro (QAGR11), com alta de 1,37%.
Na outra ponta, os fundos tiveram quedas significativas nos últimos cinco dias com o Capitania Securities II (CPTS11) tendo o maior tombo, de 8,44% e por uma razão.
No início da semana, o CPTS11 anunciou o pagamento de dividendos, na semana que vem. O total de R$ 0,37 por cota despencou 56,4% em dezembro em relação ao valor pago no mês passado.