Fundos imobiliários também acordam com ressaca do Copom; como fica no curto prazo?
Volátil desde a abertura dos negócios, o índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera com viés de queda no pregão desta quinta-feira (23) com ressaca da decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ontem.
Além de manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida, a autoridade monetária sinalizou que não haverá queda de juros no curto prazo, mesmo em meio às críticas do governo Lula.
Por volta das 12h15 (de Brasília), o Ifix tinha leve queda de 0,07%, aos 2.767 pontos.
Como ficam os FIIs sem previsão de corte de juros?
O analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, avalia que a sinalização do BC está alinhada à previsão de estabilização da Selic até o fim do primeiro semestre.
Com isso, em certa medida, ele acredita que o mercado já tenha precificado essa dinâmica. “No curtíssimo prazo, pode ter oscilação negativa do Ifix, mas já vemos alguns fundos imobiliários exageradamente descontados”, diz.
O analista reforça que, de imediato, a impressão é de que a recuperação dos fundos de tijolo pode demorar um pouco mais.
“O que traz novamente um contexto favorável para os fundos de papel dentro da indústria. O que não quer dizer que eles estejam sendo beneficiados”, acrescenta.
Fundos imobiliários em destaque
Entre os fundos imobiliários, o destaque de alta ficava com o Rio Bravo Ifix (RBFF11), que subia 1,31%, no horário acima, devolvendo parte das perdas de mais de 2% no pregão anterior.
Por outro lado, o fundo Hedge Office (HOFC11) mais uma vez liderava as perdas, hoje, perto de 2%.