Fundos imobiliários seguem no vermelho em 2023; efeito Americanas (AMER3) persiste
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou o pregão desta sexta-feira (13) em alta de 0,19%, aos 2.839 pontos, tentando recuperar-se de duas quedas seguidas sendo que, na véspera, o índice referência do setor sentiu o efeito cascata do rombo fiscal de R$ 20 bilhões da Americanas (AMER3) no mercado financeiro.
Após o caos visto ontem, a situação parece ter sido contornada aos menos para os FIIs, no pregão, e os expostos à varejista podem ter impactos de curto prazo.
“Se é que terá efeitos”, diz a analista do setor na XP, Maria Fernanda Violatti, que explica aqui com detalhes quais fundos têm receitas vindas de aluguéis da companhia e o impacto em cada um.
Com isso, as incertezas relacionadas à Americanas pegam em cheio fundos de tijolo e de papel. Os shoppings também podem sentir efeitos, mesmo que temporários, a depender do desfecho da companhia em relação aos seus próximos passos após detectar “inconsistências contábeis”.
Leia o recado do BTG para o setor, já que a Americanas é loja âncora em vários shoppings e é referência na maioria deles.
Fundos imobiliários de destaque
Falando em shoppings, o fundo imobiliário que mais subiu no pregão foi o HSI Malls (HSML11), com alta de 3,03%, seguido de XP Industrial (XPIN11), com ganhos de 2,98%. Em contrapartida, o Kinea Fundo de Fundos (KFOF11) liderou as perdas, de 3,96%.
O Ifix fecha a semana com perdas de 0,43%, puxado pelo GGR Copevi (GGRC11), que recuou 6,86%. O fundo do segmento de logística tem a Americanas como inquilina e o aluguel representa cerca de 20% de sua receita. Na outra ponta, o Quasar Agro (QAGR11) encerrou a semana com valorização de 5,59%.
Com isso, o índice engatou a segunda semana de queda em 2023.