Fundos imobiliários: Sangria após Copom e fim de sequência positiva
A Bolsa brasileira teve um dia de sangria nesta quinta-feira (22) no dia seguinte a decisão de Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). E com o índice de fundos imobiliários (Ifix) não foi diferente.
O BC não sinalizou no comunicado da decisão de manter a taxa Selic em 13,75% pela sétima vez se iniciará o ciclo de corte de juros na próxima reunião, em agosto. Com isso, o “banho gelado” que o mercado financeiro recebeu do Copom fez o Ifix romper a sequência de dez altas seguidas.
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Sendo assim, o índice de FIIs fechou em queda de 0,13% (após ajustes), aos 3.099 pontos, perdendo a marca dos 3.100 pontos alcançada no início da semana. Por sua vez, o volume de negócios ficou perto dos R$ 215 milhões, o menor desde 9 de julho, durante o feriado doméstico.
O fundo imobiliário Votorantim Logística (VTLT11) liderou os ganhos entre os listados no Ifix, de 4,08%.
Em contrapartida, o Santander Renda de Aluguéis (SARE11) fechou em queda de 3,14%, após ser notificada pela locatária dos conjuntos 1401B e 1501B da ala B do Condomínio WT Morumbi, em São Paulo, que pretende devolver os imóveis.
O SARE11 estima que não deverá ser impactado financeiramente até junho de 2024. Porém, após a data, o impacto negativo deverá ser de R$ 0,06 por cota na distribuição de rendimentos.
Fundo imobiliário vende imóveis alugados para bancão
O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) vendeu dois imóveis no interior de São Paulo por R$ 10,7 milhões. Os empreendimentos estão ocupados pela Caixa Econômica.
Em comunicado, o fundo explica que vendeu os ativos Rio Claro, na cidade de mesmo nome, e Jundiapeba, em Mogi das Cruzes. Ambos somam área de 1,1 mil metros quadrados. Além disso, o RBVA11 recebeu 50% do valor total de venda e receberá a outra metade no segundo semestre, no ato da assinatura da escritura.
11 FIIs com bom retorno de dividendos para apostar com Selic ainda em 13,75%
O fundo imobiliário diz que a venda dos imóveis faz parte de sua estratégia de reciclagem de portfólio. Com isso, a operação deve gerar ganho de capital de quase R$ 2,5 milhões, ou R$ 0,21 por cota.
Contudo, com 50% do montante da operação em caixa, o ganho de capital é de R$ 1,3 milhão, o equivalente a R$ 0,11 por cota e que deverá ser considerado para a base de distribuição da próxima divulgação de rendimentos, no fim do mês.
O Rio Bravo Renda Varejo comenta que o valor de venda foi 32% acima do custo de aquisição e 57% acima do valor do laudo de avaliação.
Em relação aos contratos de aluguel com a Caixa, o FII ressalta que eles venceriam em 2026. Portanto, a venda dos ativos deve reduzir o risco de renovação, além de aumentar o prazo médio de vencimento dos contratos do fundo.
O fundo destaca que, desde o início da estratégia de reciclagem de portfólio, já foram vendidos R$ 117 milhões em imóveis, com ganho de capital de mais de R$ 36 milhões.