Fundos imobiliários: Por que o Santander elevou aposta em galpões logísticos; veja favoritos para dezembro
Ainda faltam alguns dias para o fim de 2023, mas ainda dá tempo de calibrar os investimentos e rever as apostas no ano, como em fundos imobiliários.
Apesar do índice referência do setor (Ifix) na B3 voltar a exibir altas, a carteira recomendada do Santander não teve mudanças. Porém, a instituição financeira fez ajustes nas alocações de alguns FIIs.
“Aumentamos marginalmente nossa exposição no segmento logístico, que é um dos nossos setores preferidos. No entanto, para isso, reduzimos marginalmente o peso no segmento híbrido”, explica o analista Flávio Pires.
Com isso, o Santander elevou a aposta nos FII Vinci Logística (VILG11), vendo como positivo o trabalho da gestão na renovação dos contratos de locação.
“Um dos nossos fundos preferidos para o segmento, conta com portfólio diversificado de 15 galpões logísticos. Gostamos do VILG11 por ter sido um dos primeiros do mercado que entrou em localidades ainda pouco exploradas pelo setor, como as regiões metropolitanas de Pernambuco, Pará e Espírito Santo, que carecem de ativos de elevados padrões construtivos”, diz Pires.
Por outro lado, o banco espanhol reduziu a exposição ao Santander Renda de Aluguéis (SARE11), alegando que o FII tem baixa liquidez no mercado secundário.
Além disso, o principal ativo do SARE11, o edifício WT Morumbi, vem sofrendo com desocupações, enquanto o segmento de escritórios ainda se firma, o fundo tem o desafio de “segurar” os atuais inquilinos e buscar novos locatários para as atuais áreas vagas.
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Carteira fica abaixo do índice de FIIs
Sem mudanças, a carteira do Santander mantém a aposta em ativos de recebíveis imobiliários (36%), enquanto o segmento logístico/industrial ficou com fatia de 18%, seguido de shoppings/varejo (17,5%).
Já a alocação no segmento híbrido atingiu 10% e fundos de fundos continuou em 9,5%. Por sua vez, o Santander seguiu com exposição de 9,0% em escritórios.
Em novembro, a carteira do banco teve perdas de 0,18%, ficando mais uma vez abaixo do Ifix (+0,66%). No entanto, no ano, o desempenho da carteira recomendada do banco tem salto de 8,77%, também abaixo do índice referência do setor (+10,79%).
O desempenho considera tanto a valorização das cotas como a distribuição de rendimentos dos fundos imobiliários recomendados.
13 fundos imobiliários recomendados para este mês
Ticker | Segmento | Peso | Retorno com dividendos (12m) | |
---|---|---|---|---|
BTG Pactual Logística | BTLG11 | Logístico | 10,0% | 9,5% |
Vinci Logística | VILG11 | Logístico | 8,0% | 8,5% |
RBR Alpha Fundos de Fundos | RBRF11 | Fundos de fundos | 9,5% | 9,0% |
VBI CRI | CVBI11 | Recebíveis | 7,0% | 11,8% |
CSHG Recebíveis Imobiliários | HGCR11 | Recebíveis | 10,0% | 11,6% |
Kinea Rendimentos Imobiliários | KNCR11 | Recebíveis | 5,0% | 11,2% |
Mauá Capital Recebíveis Imobiliários | MCCI11 | Recebíveis | 10,0% | 11,5% |
RBR Rendimentos High Grade | RBRR11 | Recebíveis | 4,0% | 10,5% |
Santander Renda de Aluguéis | SARE11 | Híbrido | 5,0% | 10,8% |
TRX Real Estate | TRXF11 | Híbrido | 5,0% | 10,3% |
XP Malls | XPML11 | Shoppings | 12,5% | 10,3% |
Vinci Offices | VINO11 | Escritórios | 9,0% | 9,2% |
HSI Malls | HSML11 | Shoppings | 5,0% | 9,8% |