Fundos imobiliários: O tombo de 10% do RECT11 e bolada com venda de galpão em SP
O fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11) vendeu nesta terça-feira (30) a sua participação no ativo Jundiaí Business Park, em São Paulo, por R$ 34,7 milhões.
Em comunicado divulgado há pouco, o FII comenta que a sua participação no imóvel corresponde a três módulos do empreendimento e a 43% da área bruta locável (ABL) total, de 28,8 mil metros quadrados.
O VILG11 diz que já recebeu o valor de venda, mas não revelou o nome do comprador. A operação representa um cap rate de 8,3%.
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Além disso, o fundo diz que o ganho de capital gerado pela venda do Ativo resultará em um resultado caixa extraordinário não recorrente perto de R$ 2,8 milhões. O que corresponde a R$ 0,19 por cota.
Sendo assim, a distribuição desse resultado será ao longo dos próximos meses. O Vinci Logística explica que a venda foi realizada baseada em sua tese de reciclar o portfólio e gerar ganho de capital para os cotistas.
Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou em queda hoje, após ficar estável na véspera. Com isso, o Ifix caiu 0,14% (após ajustes), aos 3.003 pontos, mantendo-se acima desse nível pelo sétimo pregão seguido.
O volume de negócios foi maior do que o registrado na véspera, acima dos R$ 210 milhões, em linha com o montante movimentado na semana passada.
Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, a maior alta do dia, de 2,65%, foi do CSHG Real Estate (HGRE11). Em contrapartida, o destaque negativo foi o REC Renda Imobiliária (RECT11), que tombou 10,88%.
O FII anunciou mudanças na operação de securitização do saldo devedor referente à aquisição a prazo do Edifício Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo o RECT11, será feita uma amortização extraordinária de R$ 7,6 milhões.
Além disso, haverá dispensa da obrigação do fundo de realizar os depósitos trimestrais que estavam previstos para junho e setembro deste ano e, como consequência, fica cancelada a amortização extraordinária prevista para setembro.
Amortização deve impactar dividendos
No comunicado divulgado ontem à noite, o REC Renda Imobiliária explicou que terá uma concessão de carência de 12 meses, contados a partir de julho deste ano, para o pagamento da amortização dos CRIs. O fundo ainda realizará um pagamento pontual de juros e atualização monetária de R$ 3,9 milhões no mês que vem.
Por fim, será feito pagamentos mensais de juros e atualização monetária de R$ 1,3 milhão ao longo de 12 meses de carência de amortização. Com isso, o resultado caixa mensal do RECT11 será reduzido.
No entanto, estima-se que o novo patamar de distribuição mensal de rendimentos fique em torno de R$ 0,40 por cota a partir de maio. Entretanto, o valor representa queda de mais de 25% em relação aos pagamentos anteriores, de R$ 0,54 por cota.