Fundos imobiliários: O gatilho que abriu caminho para a máxima histórica do Ifix
Após muita resistência, o índice de fundos imobiliários (Ifix) finalmente chegou aos 3.200 pontos, alcançando nesta quinta-feira (03) o maior patamar desde 8 de janeiro de 2020.
O gatilho que fez o Ifix chegar a essa a marca foi o corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, anunciado ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Desta forma, a Selic caiu de 13,75% para 13,25%, na primeira redução em três anos. O Banco Central (BC) sinalizou que deverá promover mais cortes nos próximos.
Com isso, o Ifix fechou em alta de 0,30% (após ajustes), aos 3.202 pontos. Entretanto, o volume de negócios ficou abaixo do visto nos dias anteriores, perto dos R$ 230 milhões.
Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, o JS Ativos Financeiros (JSAF11) e o Pátria Logística (PATL11) lideraram as altas, de 2,10% e de 2,02%, respectivamente.
Em contrapartida, o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) e o JS Real Estate (JSRE11) puxaram os recuos, sendo de 1,78% e de 1,72%, na mesma ordem.
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Selic em queda é bom para os fundos imobiliários?
A máxima histórica do Ifix foi registrada em 3 de janeiro de 2020, quando chegou a 3.253 pontos. A Selic foi o ponto-chave para o índice chegar aos 3.200 pontos e o recorde para estar logo ali.
O sócio da TRX Investimentos, Gabriel Barbosa, destaca que uma das classes de ativos que deve se beneficiar com o corte de juros é a de FIIs. Ele comenta que o mercado financeiro estava ansioso por esse momento e vinha se antecipando para o ciclo de corte, que estava no horizonte há alguns meses.
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“Quando olhamos a performance dos últimos quatro meses, estamos falando de uma valorização de quase 16% do Ifix, o que é bem relevante para esse modelo de fundo. Isso mostra que o setor já estava se preparando para esse movimento de queda da Selic”, comenta.
Ele acrescenta que, entre os segmentos de FIIs, os fundos de tijolo, classe que mais sofreu com a escalada dos juros, devem voltar a ganhar protagonismo.