Fundos imobiliários: Queda da Selic destrava e índice chega a 3.200 pontos; é hora de comprar?
Demorou, mas chegou o dia. Após o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar, finalmente, o primeiro corte da taxa básica de juros (Selic) em três anos, o índice de fundos imobiliários (Ifix) avança nesta quinta-feira (03) e alcança o tão esperado 3.200 pontos.
Destravado pela queda de 0,50 ponto percentual (p.p.) da Selic, agora em 13,25%, o Ifix chega ao maior patamar desde o começo de janeiro de 2020 e fica mais próximo da máxima histórica, de 3.253 pontos.
Com isso, por volta das 11h40 (de Brasília), o índice de FIIs subia 0,30%, aos 3.202 pontos. Contudo, o volume de negócios ainda era baixo para o horário, com menor de R$ 60 milhões movimentados.
No horário acima, entre os fundos imobiliários listados no Ifix, a maior alta era do Pátria Logística (PATL11), de 2,70%. Em contrapartida, o Santander Papéis Imobiliários (SADI11) liderava as quedas, de 1,4%.
- Banco Central cedeu: Veja onde você deve investir para aproveitar a Selic a 13,25% no Giro do Mercado de hoje (03). É só clicar aqui para assistir! Aproveite para se inscrever no nosso canal e fique ligado nas próximas lives, de segunda a sexta-feira, às 12h.
É hora de comprar fundos imobiliários com a Selic em queda?
Os fundos imobiliários são um grande beneficiário do corte na taxa Selic, segundo a Guide Investimentos, explicando que o investimento tem correlação elevada com os juros.
“A queda da taxa de juros favorece a classe de ativos”, diz. Os analistas da casa de análises explicam que os dividendos do Ifix tendem a acompanhar a taxa Selic.
“Momentos de juros altos ‘forçam’ uma queda na cotação dos fundos imobiliários para que os proventos sejam equivalentes à Selic. O resultado disso é uma performance fraca do índice de FIIs em momentos de juros altos ou subindo”, explicam.
10 fundos imobiliários com dividendos acima da taxa Selic, que vai cair mais
Porém, eles lembram do efeito contrário em momentos de queda da Selic. “À medida que os juros caem, os proventos dos fundos imobiliários ficam mais atrativos, favorecendo a valorização deles”, reforçam.
A head de fundos listados da XP, Maria Fernanda Violatti, destaca que o índice de FIIs historicamente apresentou retornos mais expressivos em ciclos de cortes da Selic.
“Em momentos que o mercado tem uma visão mais otimista, os investidores passam a ter apetite ao risco. Por isso, buscam ativos que podem trazer mais retornos em cenários de juros mais baixos”, comenta.
Tanto os analistas da Guide quanto a head da XP destacam que os fundos de tijolo tendem a se beneficiar mais do ciclo de afrouxamento monetário.