Volta por cima? Fundo imobiliário dispara com renegociação de dívida de CRIs; veja qual
O fundo imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) informou ao mercado que comprou um imóvel em São Paulo, por R$ 73 milhões. Atualmente, o empreendimento abriga uma loja do Carrefour (CRFB3).
Em comunicado, o fundo explica que a propriedade fica no bairro Jabaquara, zona sul da capital paulista, e está locada para a varejista até 2033.
O TRXF11 pagará inicialmente R$ 40 milhões pela operação e os demais R$ 33 milhões serão pagos em 12 meses consecutivos. A parcela será de pouco mais de R$ 2,7 milhões, corrigida pelo índice de inflação (IPCA).
Contudo, a compra do imóvel depende de superação de condições precedentes, nas quais o FII espera superar até o início de dezembro.
O fundo imobiliário diz que a operação segue alinhada à sua estratégia de compor portfólio com ativos localizados em grandes centros urbanos e locar para empresas de grande porte.
Com mais de 100 mil cotistas, agora o TRX Real Estate tem em seu portfólio 52 imóveis e marca presença em 14 estados. Além disso, tem como inquilinos os gigantes do varejo GPA, Assaí, Leroy Merlin e Grupo Mateus.
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Índice de fundos imobiliários
A semana não foi positiva para o índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3. Apesar da ligeira alta nesta sexta-feira (20), o Ifix ainda não sabe o que é fechar um pregão de ganhos desde a semana passada.
Nas mínimas desde julho, o índice de FIIs caminha para fechar a semana com perdas e dar fim à sequência de seis meses seguidos de valorização, já que recua 1,7% no acumulado de outubro até o fechamento de ontem (19).
Com isso, por volta das 11h35 (de Brasília), o Ifix oscilava com ligeiro ganho de 0,03%, aos 3.165 pontos. O volume financeiro continua lento e não havia somado R$ 40 milhões.
Entre os fundos listados, o destaque do dia é o Hectare CE (HCTR11), após a Forte Securitizadora (Fortesec) e a empresa Gramado Parks (GPK) chegarem a um acordo e renegociarem os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) alvos de inadimplência desde fevereiro deste ano.
O HCTR11, que foi um dos FIIs mais prejudicados com os atrasos de pagamento, subia 6,9% no horário acima, após disparar mais de 8% na primeira hora de pregão. Porém, o caminho para uma possível recuperação é longo, já que o fundo tomba quase 62% no acumulado do ano.
Por outro lado, o fundo imobiliário XP Industrial (XPIN11) registrava a maior queda, de 1,1%.