Fundos imobiliários renovam mínimas desde julho e flertam com marca não vista há meses; e agora?
O índice de fundos imobiliários (Ifix) na B3 empilhou mais uma derrota no pregão desta quinta-feira (19) e renovou as mínimas desde julho.
Dando continuidade ao cenário de correção, após seis meses seguidos de valorização, o Ifix fechou em queda pelo quarto dia seguido ao cair 0,31% (após ajustes), aos 3.164 pontos.
Este mês, o volume financeiro segue bem abaixo do observado em agosto e setembro. Desta forma, hoje, ficou abaixo dos R$ 190 milhões.
O analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, reforça o viés de correção pelo qual os fundos imobiliários listados no Ifix passam.
Com a queda de hoje, o índice abriu mais espaço para a primeira queda mensal desde março. Até o momento, a desvalorização é de 1,7% em outubro.
“Uma hora eles [FIIs] iam cair, principalmente, os do segmento de fundos de fundos e de escritórios“, comenta, acrescentando que a curva de juros de longo prazo continua subindo e, consequentemente, impacta os fundos imobiliários.
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Fundos imobiliários de destaque no dia
Entre os fundos listados, o JS Ativos Financeiros (JSAF11) exibiu a maior alta do dia, de 1,98%.
Além dele, o Hectare CE (HCTR11) ficou entre os três FIIs que mais subiram no pregão em meio à renegociação de dívidas de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) entre a Forte Securitizadora (Fortesec) e a empresa do ramo de entretenimento e turismo Gramado Parks (GPK).
As empresas renegociaram mais de R$ 1,3 bilhão em dívidas de recebíveis que estão inadimplentes desde fevereiro. Leia mais aqui. Tal inadimplência corrobora para o tombo de quase 65% do HCTR11 no acumulado de 2023.
Em contrapartida, o Hotel Maxinvest (HTMX11) liderou as perdas em mais um pregão, de 2,60%, ainda em correção aos ganhos recentes. Todavia, o fundo imobiliário ainda é o que mais sobe no mês (+6,19%).